INTRODUÇÃO: No campo da saúde vivenciamos uma Reforma Sanitária há mais de 20 anos que tem como um dos desafios a implantação do Sistema Único de Saúde – SUS. Apesar de uma política nacional assumida pelos MEC e MS a qual define mudanças na formação, avançamos ainda muito pouco na prática educativa em saúde. Currículos continuam biologicistas com territórios disciplinares fragmentadores do conhecimento e com práticas educativas pautadas numa pedagogia da transmissão. No desafio de superar esta realidade, na FACEX-RN vivenciamos a ousadia da implementação de um curso de enfermagem pautado no Pensamento Complexo e na Pedagogia Vivencial Humanescente-PVH que rompem com esses territórios disciplinares. OBJETIVOS: O presente estudo relata uma experiência didática inédita do uso do Sandplay (Jogo de Areia) na ressignificação do território como espaço do cuidado em saúde. O Jogo de Areia foi adaptado e utilizado como uma das metodologias ativas da PVH para aprendizagem significativa dos alunos de graduação em Enfermagem. METODOLOGIA: Foram organizados, didaticamente, cinco momentos: 1º Momento: Território de Saúde na caixa de Areia; 2º Momento: Interagindo na exposição dialogada; 3º Momento: Confrontando ideal com o real; 4º Momento: Retratando cenários reais na areia; 5º Momento: Planejamento da Intervenção no lugar da saúde.O estudo seguirá as normas da ABNT. RESULTADOS: A vivência oportunizou a ressignificação do território como um lugar da Saúde e o contexto do cuidado de forma lúdica e criativa. A aprendizagem construída a partir de metodologias ativas da PHV possibilitou a corporalização da realidade através da projeção de miniaturas, buscando o estado de ser e fazer do conhecimento na multidimensionalidade existencial. O resultado foi satisfatório, proporcionando envolvimento, momentos de construção coletiva, os quais propiciaram o brincar, o aprender, o sentir e o fazer numa reflexão crítica sobre os elementos constitutivos da didática na prática pedagógica do processo educativo formal. CONCLUSÃO: O Sandplay utilizado no estudo do território como espaço produtor de saúde, possibilitou a vivência de sujeitos cognoscentes estando naturalmente implicados pelas relações com seus contextos de vida, ou seja, com a realidade social, afetiva, cultural, econômica, política. Foi possível situar essas relações na ordem simbólica, dotada de uma intencionalidade explicitada coletivamente e motivada por um projeto de desenvolvimentos pessoal e comunitário.