A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável relacionada à lesão tecidual ou a fatores psíquicos e culturais. Trata-se do quinto sinal vital, uma manifestação subjetiva, pessoal e aprendida com a experiência, um sintoma ou doença que pode afetar a qualidade de vida do indivíduo quando não tratada adequadamente. Pode ser classificada como aguda ou crônica quando considerado seu tempo de existência. Tem intensidade variável quando analisadas as características físicas e sociais, razão da qual o tratamento precisa ser individualizado e seu controle, uma preocupação do profissional de enfermagem. Pensando nisso, a atuação do enfermeiro deve refletir um modelo holístico de atendimento a esses pacientes, levando em conta a singularidade de cada indivíduo e fugindo aos métodos convencionais teóricos e metodológicos, reducionistas e organicistas, a fim de que a construção dos vínculos profissional-paciente determine os elementos que possam justificar, manter ou exacerbar a dor, o sofrimento e a incapacidade, bem como o planejamento da assistência de enfermagem. O objetivo desse trabalho foi descrever os cuidados de enfermagem prestados ao paciente com dor. Trata-se de um estudo bibliográfico cuja trajetória metodológica percorrida apóia-se nas leituras exploratória e seletiva do material de pesquisa. O levantamento bibliográfico realizou-se na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde, utilizando as palavras-chaves assistência de enfermagem na dor e selecionando 20 artigos que abordam os cuidados de enfermagem ao paciente com dor. O cuidado de enfermagem se efetiva quando o profissional de enfermagem é capaz de criar vínculos interativos através de sua habilidade, técnica, conhecimentos, intuição e “sensibilidade” com o indivíduo afetado. Nesta perspectiva, as ações de enfermagem não podem estar restritas ao modelo orgânico, mas na associação de diversas técnicas, desenvolvidas de forma direta ou indireta através de: aproveitamento de um relacionamento confiante; criação de um ambiente calmo e de uma sensação de conforto geral; mudanças de posição; distração para desviar a atenção da dor; técnicas de modificação comportamental; promoção da autoconfiança; construção de vínculos; apoio emocional ao doente e família. Considera-se que os cuidados que a “arte do cuidar” presta aos indivíduos acometidos por dor, quando embasados cientificamente, são aplicados tecnicamente de forma a contribuir para uma melhor assistência.