Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
BIOÉTICA: CAMPO INTERDISCIPLINAR DE SABERES E DE PRÁTICAS
Relatoria:
EMANUELA LESSA DE LIMA
Autores:
- Sterfferson Lamonier de Oliveira Dantas
- Graciella Madalena Lucena Jales
- Maria Jaqueline Carlos da Silva
- Wanderley Fernandes da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
[Introdução] A Bioética desde seu surgimento veio para resolver os problemas gerados pelo desenvolvimento desequilibrado da ciência, visando à preservação da qualidade de vida das pessoas e do planeta. Para dar conta disso, os cientistas tiveram que se associar através de uma relação dialógica com diversos outros campos do conhecimento, como a filosofia, o direito, a antropologia, a sociologia, a psicologia, a teologia, entre outros. Dentro das práticas médicas e dos profissionais de saúde como um todo, esta veio para coibir práticas que levam a perda da dignidade dos cidadãos. [Objetivo] Este trabalho objetiva refletir junto à sociedade tecnológica, o desenvolvimento da ciência e a condição da bioética enquanto um campo interdisciplinar de saberes e de práticas na perspectiva da preservação da vida no planeta e da sua aplicabilidade como um campo interdisciplinar nos diversos espaços de atuação em saúde. [Metodologia] Trata-se de um relato de experiência produzido a partir da construção do documentário “Bioética: campo interdisciplinar de saberes e de práticas?”, apresentado no XIV Seminário de Bioética em Debate da FAEN (Faculdade de Enfermagem) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte- UERN, realizado no dia 07 de Junho de 2010, que teve como tema “Bioética Versus Sociedade Tecnológica: (des) caminhos do humano”. [Resultados] Percebe-se que a Bioética enquanto um campo interdisciplinar foi crucial, desde a sua criação, para zelar pela preservação da qualidade de vida das pessoas e do planeta, em detrimento da sua extinção iminente. Nos diversos espaços de atuação em saúde, esta guia a prestação de uma assistência humanizada e acolhedora sem distinção dos indivíduos por classe sócio-econômico-cultural, uma relação horizontal entre profissionais, a não naturalização de práticas que vão ao desencontro dos valores morais dos indivíduos, a libertação de preconceitos e a capacidade e paciência de escutar o que os outros tem a dizer. [Conclusão] Só a partir da articulação entre as diversas áreas do conhecimento é que a ciência vem conseguindo ou conseguirá algum dia libertar-se das amarras que a prendem a uma prática, muitas vezes, irracional, desumana e imoral. Além disso, atitudes, comportamentos e valores cultuados, em especial, pelos profissionais da saúde, devem ser refletidos e questionados por estes a partir das suas vivências enquanto seres humanos, porque a forma de pensar/agir de cada um é que determina as suas práticas no âmbito do trabalho.