Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
RELAÇÕES INTERPESSOAIS: CONHECENDO A REALIDADE DAS APENADAS NA CADEIA PÚBLICA FEMININA DE PETROLINA
Relatoria:
NAYANNE MARIA MAGALHÃES BRINGEL
Autores:
- Susanne Pinheiro Costa e Silva
- Karina Cristina dos Santos Rodrigues
- Hosana Rocha Valois
- Michelle Christini Araújo Mascarenha
Modalidade:
Pôster
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Relação interpessoal pode ser definida como uma competência de conduzir relacionamentos e criar redes, envolvendo habilidades de comunicação e cooperação. O convívio entre as pessoas sempre foi um desafio para os seres humanos e, durante algum tempo, passou sem ser percebido devido a algumas condutas relacionadas à individualidade, à centralização do poder e à valorização de futilidades em vez das pessoas. O estudo foi desenvolvido na Cadeia Pública Feminina de Petrolina-PE, trata-se de um estudo transversal de caráter qualiquantitativo, descritivo e observacional, tendo como objetivo conhecer a relações interpessoais existente entre as apenadas da cadeia publica feminina de Petrolina, e identificar se há possíveis barreiras que impedem essa aproximação. A amostra foi composta pela análise de 20 questionários aplicados a apenadas na Cadeia Pública de Petrolina. Os resultados apontaram que 65% das mulheres apresentam idade entre 23 à 35 anos. Ao analisar o grau de instrução, 55% responderam que possuem o primeiro grau completo, 25% destas têm o segundo grau completo enquanto que 20% nunca freqüentaram a escola. Ao avaliar como as apenadas se relacionam, nota-se que 50% relatam ter uma boa convivência e uma boa relação interpessoal com suas companheiras, já 50% das mesmas expõe que apresentam relação conflituosa e que muitas vezes agem com a razão perante uma discussão para que não venham a receber castigos. Ao analisar de que forma a convivência é mais adequada, 60% das apenadas relatam que a melhor forma de possuir uma boa convivência entre as mesmas é trocando de sela, já 40% das mesmas não sabem dizer como melhorar essa convivência. Os resultados desse estudo mostram que o nível diminuído de instrução das mulheres, o descaso a essas apenadas, as superlotação nas celas e as mínimas condições de infra-estrutura oferecida pelo sistema penitenciário são os principais fatores contribuintes para que a relação entre as apenadas sejam tão conflituosa. Percebe-se nesse tocante, a necessidade de ações que ofereçam cidadania a essas mulheres, aumentando a comunicação entre elas através de dinâmicas grupais, rodas de conversas e oficinas. Isso irá refletir, de forma positiva, na reintegração das mesmas na sociedade.