O Sistema Único de Saúde (SUS), como ocorre com os sistemas de saúde de vários países europeus, orienta-se pelo princípio de acesso universal e igualitário. Além disso, o princípio constitucional de justiça social nos serviços de saúde pode ser traduzido em igualdade no acesso entre indivíduos socialmente distintos. Entretanto, algumas características como qualidade dos recursos humanos e tecnológicos, os mecanismos de financiamento, o modelo assistencial, a informação sobre o sistema e principalmente a geografia pode facilitar ou obstruir a capacidade das pessoas usarem serviços de saúde quando deles necessitam. Dados do Ministério da Saúde mostram que de um modo geral, existem desigualdade em saúde favorável a certos grupos sociais entre as grandes regiões do país. As pessoas residentes nas regiões mais desenvolvidas apresentavam maiores taxas de utilização de serviços do que as residentes nas regiões menos desenvolvidas. A Amazônia que representa o menor contingente populacional, porém, com expressiva população à margem dos rios e dificuldades no transporte e comunicação em certas áreas, mostra de maneira não eqüidistante, o Pará, que perpassa tais dificuldades no processual de cobertura na saúde pública. O objetivo desse trabalho é mostrar, por meio de pesquisa bibliográfica, a hipótese da deficiência de eqüidade horizontal no acesso aos serviços de saúde no Pará. O referencial teórico aborda pontos como geografia do Pará, filho da Amazônia, princípios do SUS e as principais dificuldades encontradas no acesso à saúde no Pará. Por proposta metodológica utilizou a de cunho bibliográfico. Após a análise dos dados, fora constatado que o acesso aos serviços de saúde no país é fortemente influenciado pela condição social das pessoas e pelo local onde residem. Fatores como escolaridade, renda e principalmente de cunho geográfico são “vilões”, ou seja, desafios para a saúde pública local. A principal contribuição dessa pesquisa foi analisar a desigualdade social noacesso aos serviços de saúde no Pará permitindo avaliar a qualidade e quantidade de saúde oferecida no local.