Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
O PROCESSO DE TRABALHO DE ENFERMAGEM NO CUIDAR A CRIANçA COM CâNCER HOSPITALIZADA: UM RELATO DE EXPERIêNCIA
Relatoria:
MARIA COELI CARDOSO VIANA AZEVEDO
Autores:
- Ana Dulce Batista dos Santos
- Isabelle Pinheiro de Macedo
- Marilia Fernandes Gonzaga de Souza
- Akemi Iwata Monteiro
Modalidade:
Pôster
Área:
Autoridade, poder e cidadania
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: A assistência a criança com câncer hospitalizada conduz a questionamentos sobre o sentido do processo de trabalho da enfermagem, com suas diversas relações que envolvem a harmonia, desarmonia, e as falhas quanto às atribuições do enfermeiro. Considerado como procedimento de alta complexidade, o principal tratamento utilizado na oncologia pediátrica é administração de quimioterapia antineoplásica, que requer cuidados específicos. Nesse sentido o COFEN, na resolução nº 210 de 1998 dentre outras competências determina que a administração de quimioterápicos é atividade privativa do enfermeiro. O Código de Ética da categoria afirma que é proibido ao enfermeiro delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe de enfermagem ou de saúde, que não seja o enfermeiro. Objetivo: relatar a experiência de enfermeiras sobre o trabalho de enfermagem no cuidado a criança com câncer hospitalizada. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de enfermeiras envolvidas na assistência e em pesquisa na área de oncologia pediátrica, sobre o processo de trabalho em enfermagem no cuidar a criança com câncer hospitalizada. Resultados: Incomodadas pelos questionamentos dos técnicos de enfermagem quanto à administração de quimioterápicos e punção de cateter totalmente implantado, as autoras se dedicaram a estudar oncologia e suas interfaces. Nesse sentido, em decorrência das características gerenciais, e de delegação de funções, que permeiam o trabalho de enfermagem, na atenção a criança hospitalizada com câncer foi perceptível a repercussão dessas atitudes no cotidiano do processo de trabalho de enfermagem, já que vivenciaram, através da prática e da pesquisa, que as atividades privativas ao enfermeiro são delegadas a força de trabalho de nível médio. Tais atitudes mostraram uma lacuna em relação à atuação gerencial, detectando as falhas da assistência e os conflitos gerados como conseqüência da possível falta de envolvimento dos enfermeiros no fazer cotidiano da assistência. O que pode configurar que o enfermeiro desconhece seu verdadeiro papel na assistência, gerência, supervisão e educação. Conclusão: Percebe-se a necessidade para a enfermagem de refletir criticamente sobre o papel do enfermeiro e a oportunidade de multiplicar saberes quanto ao cuidado e controle do câncer infantil. Atrelando-se a situação exposta, observa-se a necessidade de fiscalização, de forma educativa e informativa, constante do Conselho de Enfermagem.