O planejamento familiar (PF) é um programa preconizado pelo Ministério da Saúde que tem como principal finalidade propiciar ações de prevenção na atenção primária à saúde. Ele possibilita despertar nos casais e/ ou indivíduos a conscientização e as responsabilidades ao decidirem sobre o número de seus filhos, seu espaçamento e também sobre tratamento adequado da infertilidade, sendo oferecido, atualmente, no Brasil, pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Este trabalho de revisão bibliográfica tem por finalidade realizar um levantamento de literaturas que contenham informações acerca da assistência de enfermagem prestada ao Planejamento Familiar no Brasil, relatando as principais atividades e ações desenvolvidas pelo enfermeiro na Atenção Básica que auxiliem na concepção e contracepção de casais e indivíduos. Também visa relatar se essas ações tiveram o êxito esperado na redução dos indicadores de saúde pública no país. Foi utilizada nessa pesquisa uma abordagem qualitativa exploratória onde selecionamos 20 artigos científicos. Foi utilizando como critério de inclusão, artigos publicados entre 2001 a 2009 e que abordassem a importância da realização do planejamento familiar, os principais métodos de controle de natalidade e o papel do enfermeiro no planejamento familiar.Os artigos utilizados no decorrer desse trabalho foram localizados na base de dados Scientific Eletronic Library (Scielo) e Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências e Saúde (Lilacs), sendo selecionadas três palavras chaves: Planejamento Familiar, Assistência de Enfermagem e Contracepção. A atuação do enfermeiro na assistência à anticoncepção envolve, necessariamente, três tipos de atividades: atividades educativas, aconselhamento e atividades clínicas. Essas atividades devem ser desenvolvidas de forma integrada, tendo-se sempre em vista que toda visita ao serviço de saúde constitui-se numa oportunidade para a prática de ações educativas que não devem se restringir apenas às atividades referentes à anticoncepção, no enfoque da dupla proteção, mas sim abranger todos os aspectos da saúde integral da mulher. Também se conclui que é fundamental promover a interação dos membros da equipe de saúde, de forma a permitir a participação dos diversos elementos, nessas atividades, de acordo com o nível de responsabilidade requerido em cada situação.