A gravidez e o pós-parto são processos bem definidos, limitados no tempo e ligados à reprodução. Enquanto experiências humanas compreendem um grande espectro de mudanças biológicas, psicológicas e interpessoais a nível físico, cognitivo, emocional e comportamental. O processo gravídico é um importante desafio adaptativo, inclusive no aspecto da sexualidade, principalmente devido às rápidas alterações hormonais marcadas por um elevado aumento da produção de estrogênios e progesterona, assim como por uma diminuição das gonadotrofinas. O objetivo deste estudo foi demonstrar as alterações no padrão da sexualidade das mulheres grávidas e como elas lidam com a sexualidade após o parto. Consta de um estudo bibliográfico, desenvolvido na cidade de João Pessoa – PB, com o acervo bibliográfico disponível na Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, bem como via on-line em bases de dados que possibilitam o encontro de estudos abordando a temática sexualidade na gravidez e após o parto. A coleta de dados foi contínua e realizada nos meses de maio e junho de 2010. Os resultados apontam evidências para um declínio observado ao nível não só da frequência sexual, mas também da frequência do orgasmo na gravidez. Por exemplo, ao quinto mês de gestação, homens e mulheres encontram-se moderadamente satisfeitos com a atividade sexual; um mês após o parto, a satisfação sexual torna-se mais baixa ainda, acabando por aumentar gradualmente do primeiro para o décimo segundo mês do puerpério. O prazer sexual aumenta desde as doze até as vinte e quatro semanas de gestação, altura a partir da qual, começa a declinar. Conclui-se, portanto, que parece existir claramente uma diminuição do interesse sexual assim como um decréscimo da atividade sexual durante o período de gravidez. Estes resultados tornam-se ainda mais salientes após o parto, onde a atividade sexual se torna praticamente inexistente.