Ao longo da evolução humana a percepção da morte foi se transformando e tomando proporções diferentes na vida das pessoas. A morte que antes ocorria nos domicílios hoje passa a acontecer nos hospitais, tornando-se presente no cotidiano dos profissionais de saúde. Cuidar de indivíduos com doenças terminais consiste em um modelo de atenção à saúde denominado cuidado paliativo. Considerando a importância da equipe de enfermagem no contexto dos cuidados paliativos este estudo tem como objetivo descrever a importância da enfermagem no desenvolvimento dos cuidados paliativos. Consta de um estudo bibliográfico, desenvolvido na cidade de João Pessoa – PB, com o acervo bibliográfico disponível na Faculdade de Enfermagem Nova Esperança, bem como via on-line em bases de dados que possibilitam o encontro de estudos abordando a temática. A coleta de dados foi contínua e realizada nos meses de abril a junho de 2010. Os resultados foram descritos textualmente, obedecendo a uma sistematização no sentido de alcançar o objetivo proposto. Os resultados apontam que os cuidados paliativos devem ser prestados por uma equipe multiprofissional, respeitando o paciente como um ser único, bem como suas crenças e culturas. No Brasil existem vários desafios a serem vencidos, incluindo uma possível deficiência na formação de profissionais de saúde no que diz respeito à terminalidade. Nesse contexto é essencial que o enfermeiro tenha uma visão voltada para a subjetividade e a singularidade do paciente, pressupondo o desenvolvimento de posturas relacionadas ao vínculo, acolhimento, afetividade e respeito, aspectos esses necessários à superação de um ensino fragmentado e reducionista. Ressalta-se ainda que um dos grandes objetivos dos cuidados paliativos é acrescentar qualidade de vida aos dias e não dias à vida, uma vez que os objetivos do curar dão lugar às habilidades do cuidar, relacionado a sofrimento, dignidade e apoio.