Os fenômenos naturais, como a reprodução humana vem sendo descaracterizados na sua essência original levada pela racionalidade, tecnicismo, mercantilismo e pela carência de princípios humanísticos, onde a mãe e filho que deveriam ser vistos como pessoas, são considerados como objeto da assistência. Para as mulheres a pratica dessa assistência tem provocado angustia pelo fato do parto representar um evento de risco e dor física. Assim esta pesquisa teve como objetivo Identificar como profissionais de enfermagem atuantes na sala de parto de uma maternidade pública percebem a comunicação não verbal à parturientes. Trata-se de um recorte do trabalho monográfico intitulado: Cuidado Humanizado a Parturiente: percepção da equipe de enfermagem atuante em uma maternidade pública na cidade de Campina Grande, PB. A pesquisa efetivou-se com uma tipologia exploratória e analítica com abordagem qualitativa. O estudo foi desenvolvido em uma maternidade pública do município de Campina Grande –PB. Os atores da investigação são 15 enfermeiros atuantes da referida maternidade. Sendo a coleta de dados realizada no mês de maio de 2009 por meio de entrevista semi-estruturada e observação não participante. Os dados foram analisados através da análise de conteúdo do tipo temática proposta por Bardin (1977). Seguiram-se as recomendações éticas preconizadas pela Resolução 196/96 que garante pesquisa com seres humanos só sendo operacionalizada após anuência do comitê de ética e pesquisa do CESED. Os resultados apontam uma necessidade maior de destinar cuidado humanizado à parturiente, especialmente em observar todas as formas da comunicação não verbal, seja o toque, o abraço, o olhar, o tom de voz do cuidador e a importância da escuta no momento frágil que é a maternidade. Sendo o momento do parto muito delicado e carecedor de uma observação mais criteriosa para a parturiente é necessário perceber a comunicação não verbal como um instrumento básico do cuidar e desenvolvê-lo de forma humanizada. Dessa forma, espera-se com esta pesquisa instigar comunidade acadêmica e assistencial a direcionar um olhar mais atento para o momento do parto para assim desenvolver uma assistência mais humanizada com a cliente que necessita de cuidado.