INTRODUÇÃO: Nos primeiros anos da epidemia os homens representavam a imensa maioria dos casos, e os coeficientes de incidência no sexo masculino eram, expressivamente, maiores do que no sexo feminino. Entretanto, embora mais indivíduos do sexo masculino no total de casos de AIDS sejam notificados no Brasil, a velocidade de crescimento da epidemia é, como em outros países, maior entre as mulheres. No processo saúde-doença, na condição da infecção do HIV, existem particularidades específicas da mulher que a diferem do homem, como os fatores biológicos e sociais, que favorecem a infecção pelo vírus e o desenvolvimento da doença. Entre as particularidades destacam-se as diferenças anatômicas, a maior concentração do vírus no sêmen do que na mucosa vaginal, as inflamações e irritações bem como a vulnerabilidade para as DST´S, a desigualdade social, a falta de percepção de risco, principalmente em mulheres com relacionamentos estáveis. OBJETIVO: Conhecer, através de periódicos brasileiros, as causas da vulnerabilidade feminina diante da infecção HIV/AIDS. METODOLOGIA: Estudo síntese, realizado nas bases de dados Scientific Electronic Library Online - SciELO e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde - LILACS. Foram capturados 10 artigos, cujas palavras-chaves pesquisadas foram: “vulnerabilidade feminina na infecção do vírus HIV” “AIDS no Brasil”; foram publicados no intervalo de 2005 a 2010. RESULTADOS: Constatou-se através do estudo que as mulheres no geral se consideram vulneráveis, porém muitas delas não se consideram em risco. Foi verificado, ainda, que as mulheres casadas entendem que essa doença é própria de “mulheres da vida”, sendo difícil que as atinja mesmo na desconfiança de seu marido ter relações com essas mulheres. O fato de alguns homens recusarem o uso do preservativo continua sendo um ponto chave nesse problema. Além disso, tem a credulidade, a submissão feminina, a dependência afetiva, carência, o romantismo e o excesso de confiança no parceiro,são causas que determinam a vulnerabilidade feminina diante da infecção do HIV. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Contudo, comportamentos e atitudes adotadas por mulheres constitui fator importante diante da vulnerabilidade feminina na infecção do HIV, dentre os quais a confiança no parceiro, resultando em prática sexual sem proteção, é um fator de destaque. Portanto, a redução da desigualdade de gêneros é decisivo para a diminuição da vulnerabilidade das mulheres na infecção do vírus HIV.