No atual momento de renovação do conhecimento, é importante apontar dois campos que vem crescendo cientificamente: saúde e educação. Diante disso, tem-se observado inserção evidente de profissionais da área da saúde, a destacar os Enfermeiros, no campo da educação, principalmente, na Docência do Ensino Superior (DES). Objetivou-se, com este trabalhho, analisar as principais motivações que vem levando os Enfermeiros a se inserirem na área da DES. Para tanto, realizou-se pesquisa sistemática, exploratória retrospectiva de artigos científicos nos bancos de dados digitais: Scielo, Medline e Lilacs, além de estudo em livros atuais sobre a temática. Foram analisados 13 artigos científicos nas bases de dados acima citadas, a partir dos termos: docência, ensino superior e enfermagem, além de 11 livros e 2 teses de doutorado referentes ao tema. Os critérios de inclusão empregados para o estudo foram publicações dos últimos 30 anos e em língua portuguesa. Ao se realizar o resgate da historia da enfermagem, destacaram-se os movimentos de expansão da profissão e das escolas de enfermagem, já que o entendimento das raízes e os problemas iniciais dessa área do conhecimento foi de extrema valia para compreender os fatos atuais que permeiam o trabalho do Enfermeiro. No tocante à atual situação do ensino da Enfermagem nas academias, observou-se que, teoricamente, há o destaque pela valorização do desenvolvimento global e holístico do graduando, embora a formação não se dê perfeitamente desta forma. Quanto às condições do mercado de trabalho, observou-se que as insatisfatórias questões salariais, as condições de trabalho precárias, as jornadas de trabalho extensas e outros fatores têm motivado os Enfermeiros a optarem por áreas de atuação alternativas, como a docência, ou ainda associarem docência e assistência em uma tentativa de complementaridade de renda. Ao se abordar a dicotomia entre docência e assistência de enfermagem, observou-se a mudança no perfil do enfermeiro que passou, no decorrer da história, de puramente técnico para, sobretudo, cientifico. Desta forma, dá-se uma valorização social superior ao enfermeiro docente, muitos vezes considerado com maior status social do que o enfermeiro puramente prático. Concluiu-se que as principais motivações para o ingresso na DES foram as condições do mercado de trabalho, como salários insatisfatórios, condições de trabalho precárias, cargas horárias extensas, além da busca por maior reconhecimento profissional e social.