Introdução: Ao longo da história vários conceitos foram dados às doenças da mente, o que reflete as várias formas de tratar os portadores destas em diversas partes do mundo e em diferentes épocas, esses conceitos nem sempre foram estereotipados visto que a figura do louco já foi tida como algo divino. A figura do louco no Brasil durante os séculos XVI a início do XIX, não representava um perigo para a sociedade visto que os mesmos faziam parte do convívio social sendo retirados deste somente em meio a crises, ficando então enclausurados nos manicômios. Com esse novo conceito de doença mental introduzido pelos saberes médicos ocorre uma mudança de paradigma no que diz respeito ao louco e a loucura, onde a mesma passa a ser vislumbrada como algo possível de intervenção da ciência o que faz com que surjam novas concepções a respeito da loucura. Objetivo: O presente teve como objetivo analisar as concepções que um grupo de servidores de uma instituição de ensino superior tem a respeito do louco e da loucura, tendo como objetivo a redução do estigma por parte destes, para que se tornem multiplicadores de uma nova maneira de enxergar as pessoas com sofrimento mental. Metodologia: O estudo fundamenta-se na pesquisa - ação que é um tipo de pesquisa participante engajada, em oposição à pesquisa tradicional, que é considerada como “independente” “não-reativa” e “objetiva”. O mesmo está vinculado ao projeto CNPq, edital MCT/CNPq/CT-saude/MS/SCTIE/DECIT Nº033/2008 e foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição na qual está sendo realizado. Resultados: Os resultados apontaram que as concepções de loucura dos servidores sinalizam para conceitos tradicionais que agregam valores manicomiais, embora, após as explanações realizadas durante os seminários tenham resultado em mudança de conceitos em relação ao tema. Conclusão: A experiência de trabalhar com servidores públicos de uma instituição de ensino superior apontam que muito ainda há por fazer no tocante às estratégias para redução do preconceito da sociedade com relação aos portadores de transtornos mentais, onde cada pessoa tem seu papel preponderante na missão de reduzir esse estigma.