Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
ATUAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO ATENDIMENTO ÀS MULHERES QUE VIVENCIAM O ABORTO
Relatoria:
MAYARA MESQUITA MORORÓ PINTO
Autores:
- Renata Torres Martins
- Pâmela Campelo Paiva
- Williane Morais de Jesus
- Patrícia Farias de Oliveira
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: O abortamento é considerado um importante problema de saúde pública e constitui uma das intercorrências mais frequentes da gestação. No Brasil, é responsável por 11,4% do total de mortes maternas e 17% das causas obstétricas diretas. Atentou-se para o estudo, a atuação dos profissionais responsáveis pelas mulheres que vivenciam o aborto, tendo em vista o preconceito como fator predominante para o cuidado inadequado. OBJETIVO: Analisar a postura de profissionais de saúde no atendimento às mulheres que vivenciam o aborto. METODOLOGIA: trata-se de uma revisão bibliográfica tendo como base a análise da literatura, em forma de livros, revistas, impressos escritos e disponibilizados na internet pelos sites: Scielo e Bireme. A pesquisa, com referência segundo a ABNT, foi realizada em abril e maio de 2010. DESENVOLVIMENTO: O enfermeiro possui uma boa capacidade de comunicação interpessoal, no entanto, este tipo de comunicação não inclui somente o aspecto verbal, mas também o não-verbal. O apoio emocional à mulher constitui uma alternativa de aliviar um pouco a dor, pois a gestação tem um significado relativo a cada gestante. O medo do momento, sendo este já habitual ou inesperado àquela paciente, deve ser respeitado, não interessando quantas vezes já o vivenciou. Muitas mulheres sentem-se desanimadas, tristes, culpadas, podendo evoluir para depressão. Ao procurar o serviço de saúde, a mulher, além de necessitar de tratamento de urgência para sua condição física, está vulnerável às reações dos profissionais que as atendem e que são participantes do contexto social, no qual permeiam atitudes negativas acerca do abortamento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há profissionais competentes nos procedimentos técnicos, porém com dificuldade em interagir com o cliente. É importante que estes encarem essa clientela como um grupo especial e que os parâmetros de atenção sejam sem censura ou recriminação, proporcionando uma postura mais humana e menos estigmatizadora. É provável que essa visão estigmatizadora se deva à formação profissional, em cujas estruturas curriculares preponderam as abordagens biológicas. O lado humano, como ser integral, com seus componentes psíquico, social e espiritual, muitas vezes não é valorizado. A problemática do abortamento vai sendo vencida conforme a responsabilidade, confiança e o respeito entre pacientes e profissionais da área, resultando em uma assistência qualificada.