A humanização é um conjunto de medidas que objetivam a conciliação entre os cuidados em saúde e as tecnologias, como também um espaço físico favorável e a satisfação dos profissionais da equipe e usuários. Os pacientes de UTI não precisam de um atendimento mecanicista e sim de profissionais que promovam a assistência com base não só na patologia, mas nele como ser holístico. Tivemos como objetivos conhecer as estratégias utilizadas para minimizar os efeitos maléficos causados ao paciente de UTI, e os motivos que o levam a preferir internar-se neste setor. Trata-se de uma revisão bibliográfica integrativa. O paciente de UTI precisa de uma intervenção que possa realmente preservar o biológico e o mental de cada ser, importante para a ausência do sentimento de medo e confiança na equipe. A comunicação é utilizada para amenizar as angústias daqueles em recuperação e de seus familiares. O toque é a comunicação não-verbal essencial do ser humando que transmite afeto, segurança e proteção, também expressa aproximação, amparo, troca de emoções, solidariedade e valorização da pessoa. Além disso encontramos outros elementos como a empatia que faz com que o enfermeiro “procure apreender e sentir o que o paciente sente. A interação, ação mútua entre paciente-enfermeiro, na qual ocorre uma “troca” entre ambos, tornando a “relação harmônica”. O acolhimento que é um “atributo do cuidar, cuidar ajudando, ouvindo, respeitando e informando”. Encontramos também a religiosidade, que o paciente a usa para sentir-se mais seguro em um ambiente desconhecido pois tras para si a proteção a quem ele confia, buscando um pouco de paz. Outro recurso utilizado é a música que leva as pessoas à positividade, refletindo diretamente no ambiente, prevenindo o estresse, tratando a tensão e o desgaste psicológico. Por fim, podemos perceber que a preferência do paciente pela UTI se deve ao sentimento de segurança que é transmitido pelo local, ou seja, pela UTI e por sua equipe. Manter uma UTI humanizada é aceitar que o ambiente é propício a conflitos, mas, que é possível resgatar valores imprescindíveis ao bem viver, movidos pela certeza de estar contribuindo para o resgate da compaixão, da espiritualidade, da integralidade do ser humando, dos respeito aos seus valores e crenças. Mesmo não sendo ainda uma prática vivenciada por todos os profissionais de saúde, os enfermeiros se mostram conscientes e envolvidos em implementar ações que transformem a UTI em um local verdadeiramente humanizado.