A higiene é um dos hábitos mais importantes para favorecer a manutenção de adequadas condições de saúde. Nesse ínterim, destaca-se a importância de abordar práticas saudáveis sobre a temática higiene com crianças, as quais estão em um constante desenvolvimento cognitivo, fase que possibilita a potencialização nos cuidados com sua vida e saúde. Tais ensinamentos, favorecem um desenvolvimento equilibrado tanto no que diz respeito à sua saúde física, como mental, além de uma conscientização em relação ao ambiente em que vivem. Nesse âmbito, a educação de higiene mental torna-se um eixo importante na promoção de valores que irão direcionar as formas de agir e pensar da criança . Objetivou-se analisar as contribuições que as oficinas de higiene trouxeram para a integralidade física, intelectual/mental e ambiental de crianças na faixa etária de 06 a 10 anos, inseridas no Bairro Santo Antônio, na cidade de Mossoró-RN. O presente trabalho foi construído como necessidade de contemplar ações propostas pelo Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), as quais tiveram como facilitadores, acadêmicos da Faculdade de Enfermagem (FAEN/UERN) e preceptores do projeto. Constituiu-se primeiramente por revisões bibliográficas e levantamento de dados a partir de um roteiro semi-estruturado, o qual procurava vislumbrar indicadores sócio-econômicos da realidade em que as crianças estavam inseridas. Em um segundo momento, foram realizadas atividades práticas desenvolvidas em quatro encontros, onde foram trabalhadas questões referentes à higiene pessoal, mental e ambiental e, no último encontro, foi feito uma atividade de interação entre pais e crianças. Diante das apresentações das oficinas, verificou-se que as crianças trouxeram muitos conhecimentos prévios acerca das temáticas trabalhadas, visto que a grande maioria deles mostrou-se bastante participativa desde o primeiro encontro. Ressalta-se a dificuldade na aplicabilidade de alguns dos conhecimentos construídos no dia-a-dia destas acerca da temática, devido estarem inseridas em ambientes que possuem determinantes e condicionantes que dificultam a implementação de práticas de higiene saudáveis. Pôde-se perceber durante as oficinas, que os principais atores envolvidos na dinâmica visualizavam os cuidados com a higiene apenas voltados para os aspectos físico-individuais, desconsiderando-se os aspectos sociais e ambientais quando se tratava da saúde física e mental.