Pensar no bem estar e na satisfação das pessoas nas organizações é pensar em qualidade de vida no trabalho. Por esse motivo decidimos realizar um estudo acerca das mulheres castanheiras, que pode ser desgastante na medida em que se volta para um trabalho cooperado e economia solidária com base na auto sustentabilidade. Teve como objetivo analisar as condições de trabalho de mulheres castanheiras e avaliar as conseqüências do trabalho destas mulheres na sua qualidade de vida. Consta de estudo exploratório e descritivo realizado no período de mês de setembro de 2009, em uma Cooperativa de Beneficiamento de Castanhas de Caju, situada no Município de Pidoretama- CE. Os sujeitos do estudo foram 13 mulheres com faixa etária entre 20 e 56 anos. Nas práticas cotidianas como enfermeiras do Programa de Saúde da Família (PSF) mantivemos contato com mulheres cooperadas que teciam comentário sobre a necessidade de aumentar a renda familiar. Durante as visitas domiciliares foi possível constatar as condições precárias de vida, moradia e, observando a cooperativa, se confirmou também as precárias condições de trabalho. Diante dessa situação de pobreza e condições desfavoráveis de trabalho, decidimos realizar este estudo desafiando o exercício profissional, que pode ser desgastante na medida em que se volta para um tipo de pesquisa com trabalhadoras cooperadas que atuam na agricultura familiar e que tem base na auto sustentabilidade e economia solidária. Daí surgiram os questionamentos relacionados ao trabalho dessas mulheres que são mal remuneradas, vivendo em condições precárias de moradia e também de trabalho e, como conseqüência disso, afetam a sua qualidade de vida.