Introdução: Pode-se apontar a música como uma tecnologia inovadora de cuidado, como uma atividade sistemática e criativa, pois facilita a expressão de emoções, a comunicação interpessoal e a possibilidade de se focalizar aspectos saudáveis do cliente. Ainda é um método de terapia alternativa pouco conhecido pelo enfermeiro, é uma arte que está em crescimento, porém, ainda há receio da equipe em utilizá-la. Um dos motivos pode ser o pouco número de estudos publicados, e assim a musicoterapia acaba sendo pouco entendida como método de assistência de enfermagem. Ainda pouco explorada no processo de cuidar em enfermagem, traz possibilidades plurais de usos com vantagens de interação e participação que ultrapassam a relação mais objetiva e primária: enfermeiro/paciente. Objetivo: analisar os estudos publicados nacionalmente que abordam o uso da música na assistência de enfermagem em terapia intensiva. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo revisão sistemática da literatura, tendo como objeto os estudos publicados sobre a musicoterapia na UTI, em periódicos nacionais, indexados e especializados na área de saúde, acessados durante o mês de março de 2010, utilizando os descritores: musicoterapia, unidades de terapia intensiva e enfermagem. Resultados: A partir dos descritores musicoterapia e unidades de terapia intensiva, os artigos estavam disponibilizados no idioma português e na base de dados LILACS e Scielo Brasil. Foi possível evidenciar que ainda existem poucas publicações voltadas para a importância e a utilização da musicoterapia em UTI. A maior parte destas foi realizada no âmbito da terapia intensiva neonatal ou pediátrica e foi concebida no ano de 2006, indexada na base de dados LILACS e com abordagem qualitativa. Os artigos analisados a partir dos descritores musicoterapia e enfermagem estavam disponibilizados no idioma português e na base de dados LILACS, BDENF e Scielo Brasil. A maior parte das publicações foi voltada para assistência, todavia, não direcionadas à unidade de terapia intensiva, foi indexada na base de dados LILACS e o método escolhido foi a revisão de literatura. Conclusão: São necessárias mais pesquisas, que demonstrem os benefícios que a música proporciona ao paciente, família e equipe de profissionais, pois assim as equipes de saúde e de enfermagem poderão implementar, a contento, a musicoterapia nos serviços de saúde onde todos se beneficiarão e o doente poderá ser cuidado com maior leveza e suavidade.