O modelo de gestão atual encontra-se numa fase de transformação, de mudanças, de conscientização e, principalmente, de um processo de educação em saúde para a população e para os profissionais, que compõem o cenário atual. A enfermagem vem crescendo cada vez mais na atuação dos Sistemas de Saúde, sendo valorizada pelo seu desempenho profissional e sua contribuição na implantação e na manutenção da política de saúde e, conseqüentemente, em gestão de sistema de saúde. A gestão pode ser definida ainda, como a “arte de pensar, de decidir e de agir, é a arte de fazer acontecer e de obter resultados”. Por ser uma arte, assim como a Enfermagem, transcende a lógica da racionalidade, a capacidade analítica e o domínio da técnica, incorporando dimensões de criação, intuição e cidadania. Neste caso, pode-se fazer a seguinte pergunta: Qual a importância do enfermeiro na organização dos vários níveis de gestão dos sistemas e serviços de saúde? O presente tema foi escolhido como uma tentativa de apontar como as peculiaridades da profissão de Enfermagem, contribuem para a gestão do sistema de saúde, designando sistema de saúde como um conjunto de ações e serviços de atenção à saúde organizada de forma regionalizada e hierarquizada, voltada ao atendimento integral da população. Assim como para mostrar que a enfermagem tem demonstrado nos últimos anos, potencial para implantação, manutenção e desenvolvimento das políticas de saúde, demonstrando ser ela o eixo principal para suportar qualquer política de saúde que tenha como objetivo a assistência de qualidade. O trabalho tem como objetivo mostrar a relevância dos modos de atuação do enfermeiro nos diferentes campos da gestão dos sistemas e serviços de saúde. Trata-se de uma pesquisa bibliografica. Com esse trabalho foi possível mostrar que a função gerencial do enfermeiro no Brasil ainda é uma questão marcada por desentendimentos e incompreensões, contendo as interpretações de administradores, “donos” do poder sobre o que deve ser e conter a assistência de enfermagem em conflito com o que preconiza os conselhos sobre as necessidades mínimas de segurança e qualidade na assistência.