A obstrução arterial aguda é um bloqueio da passagem de sangue por uma artéria terminal, ocasionando insuficiência sanguínea tissular, com perturbações do metabolismo celular nos territórios supridos pela mesma. O quadro clínico isquêmico dependerá da artéria ocluída, da intensidade da isquemia, do tempo de evolução do quadro isquêmico e da presença de circulação colateral. Há incidência em ambos os sexos, com prevalência maior acima dos 50 anos. Os principais fatores de risco associados são: Diabetes Mellito (DM), Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e tabagismo. O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência na assistência de enfermagem a pacientes internados em uma unidade de clínica cirúrgica que sofreram uma oclusão arterial aguda em membros inferiores, utilizando-se a taxonomia da NANDA para construção dos diagnósticos e elaboração de um plano de cuidados conforme a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir da utilização da SAE baseada no modelo teórico de OREM, na unidade de clínica cirúrgica vascular do Hospital de Base do DF. A utilização da SAE proporcionou melhora na qualidade dos cuidados de enfermagem prestados aos pacientes internados. Os diagnósticos de enfermagem mais evidenciados nestes pacientes foram: dor aguda relacionada a agentes lesivos (oclusão arterial aguda) caracterizada por evidência observada de dor, diaforese, dificuldade de deambulação; perfusão tissular periférica ineficaz relacionada a obstrução arterial aguda evidenciado por dor em extremidade, parestesia, pulsos ausentes; integridade da pele prejudicada relacionada a circulação prejudicada evidenciado por destruição de camadas da pele; mobilidade física prejudicada relacionada a força muscular insuficiente e prejuízos neuromusculares evidenciado por instabilidade postural, tremor induzido pelo movimento, amplitude limitada de movimento. O plano de cuidados ao cliente que sofreu uma oclusão arterial aguda visa a prevenção de um novo quadro isquêmico, a identificação em tempo hábil dos sinais e sintomas, o conforto e o autocuidado. Para tanto o enfermeiro deve conhecer a fundo a fisiopatologia, a história do cliente e as reações do mesmo ao seu estado de saúde, para que o plano seja construído de forma individualizada e tenha assim os resultados esperados de recuperação do cliente.