A histerectomia é uma cirurgia que consiste na remoção cirúrgica do útero, para se estabelecer a saúde ou salvar a vida da mulher. Pode ser total quando se retira o colo e o corpo do útero, ou parcial quando se retira somente o fundo do útero. As trompas de falópio e/ou do ovário conforme a necessidade, podem também ser retiradas. Assim, esse procedimento cirúrgico, por expor o íntimo, pode trazer várias alterações físicas e psicológicas na vida da mulher. Objetivou-se investigar as repercussões da histerectomia na vida da mulher. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa realizada no período de junho de 2010, a partir da busca sistemática nas bases de dados da Literatura Latino-America e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Utilizando os descritores: histerectomia; percepção e histerectomia; mulher e histerectomia. Os critérios de inclusão adotados foram: acessibilidade via internet, idioma em português, artigos que trabalhassem nos seus resultados as alterações que a histerectomia traziam na vida dessas mulheres e periódicos publicados entre 2000 a 2010. Dessa maneira foram encontrados 11 artigos para análise. Resultados: A repercussão da histerectomia pode ser positiva ou negativa, variando de acordo com as crenças, valores, aspectos físicos e psicológicos da mulher. Os aspectos negativos encontrados foram insegurança, inquietação relacionada à condição feminina, imagem corporal, auto-estima, medo e depressão. Os aspectos positivos encontrados foram cura e alívio em relação aos sintomas da patologia uterina vivenciados antes do procedimento cirúrgico e a tranqüilidade que a doença foi erradica, evitando seu agravamento e possível morte. Por ser uma cirurgia que envolve a retirada de um órgão, que, além da sua função biológica e fisiológica é um órgão que está relacionado, na nossa sociedade, a feminilidade, a sexualidade e a maternidade. Torna-se necessária uma ampla assistência à mulher, onde as ações de cuidado devem ir além do aspecto físico e abranger as possíveis alterações psicossociais, na busca de menor dano à recuperação e melhor aceitação. Isto pode ser alcançado através da escuta e orientação entre cliente e profissional.