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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
A RESISTÊNCIA DO HOMEM NA FASE PRODUTIVA ÀS AÇÕES DE SAÚDE: VISÃO DA ENFERMEIRA DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Relatoria:
SIMONE SANTOS E SILVA
Autores:
  • Willyane de Andrade Alvarenga
  • Maria Enoia Dantas da Costa e Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O homem, na fase da vida adulta, gera comportamentos danosos a sua saúde e o seu imaginário masculino é carregado de preceitos culturais de masculinidade que refletem no seu estado de saúde e na escassa adesão às ações de atenção primária e as medidas de proteção e prevenção de agravos. Diante disso, a saúde do homem é uma questão que precisa ser levada em conta quando se pensa em saúde da família e por extensão a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros. O enfermeiro, como integrante da estratégia SF, tem papel importante na prevenção de doenças/agravos e na promoção de qualidade de vida da população de modo geral e em especial, para os grupos mais vulneráveis, como os homens na fase produtiva. Este trabalho é parte de uma pesquisa maior que estudou a percepção da enfermeira da estratégia Saúde da Família sobre a assistência à saúde do homem na fase produtiva. Nesta pesquisa, porém, buscou-se estudar somente a visão das enfermeiras da estratégia Saúde da Família sobre a resistência do homem às ações de promoção/ proteção da saúde e prevenção das doenças. O estudo foi exploratório, descritivo e de campo, com abordagem qualitativa, realizado nos Centros de Saúde da Zona Norte de Teresina-PI, nos meses de março a abril de 2010. Os sujeitos foram dezesseis enfermeiras que trabalham, há pelo menos um ano, nestes Centros de Saúde e que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para a produção dos dados foi utilizada a entrevista a partir de questões semi-estruturadas, sendo as falas dos sujeitos gravadas, transcritas, categorizadas e através da análise do conteúdo. Os resultados mostram que as enfermeiras vinculam a resistência masculina aos fatores culturais, sócio-econômicos, à organização dos serviços de saúde e, também, ao desconhecimento do homem da importância das ações de Saúde Pública. Em face do exposto, este estudo traz contribuições relevantes sobre os motivos de resistência do homem na fase produtiva às ações de promoção e proteção da saúde que poderão subsidiar reflexões futuras sobre os estereótipos de masculinidade no sentido de encontrarem novos caminhos para facilitar o acesso destes aos serviços de saúde e a implementação da assistência à saúde desse grupo.