Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
RISCO OCUPACIONAL DE TUBERCULOSE PULMONAR EM INSTITUIÇÕES PRISIONAIS: UM RESGATE BIBLIOGRÁFICO (2000-2008)
Relatoria:
GEORGIA DANTAS DE OLIVEIRA
Autores:
- MATHEUS FIGUEIREDO NOGUEIRA
- ANNE JAQUELYNE ROQUE BARRÊTO
- GISELE ALMEIDA SOARES DE GOIS
- JANAINA VON SOHSTEN TRIGUEIRO
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
As condições de vida da população sob cárcere penitenciário vêm se tornando alvo de preocupação constante do sistema de saúde nos últimos anos. Não só os detentos bem como os próprios trabalhadores estão expostos a inúmeros riscos à saúde, podendo ser considerados como integrantes de populações vulneráveis a diversas patologias, sejam elas ocupacionais ou não, como por exemplo, a tuberculose. Torna-se então imprescindível repensar sobre a saúde ocupacional dos funcionários do sistema prisional, assim o objetivo desse trabalho foi investigar pesquisas que tratam sobre a presença da tuberculose como um problema ocupacional em ambientes carcerários nos anos de 2000 a 2008. Para tanto realizou-se um estudo bibliográfico operacionalizado através de pesquisa na literatura pertinente ao tema, por meio de endereços eletrônicos que possuíam banco de dados, de periódicos indexados, entre outros. Ao final do levantamento bibliográfico, foi realizada a seleção das publicações de interesse, totalizando 37 publicações, distribuídas nos seguintes documentos: 19 artigos, 11 livros, 6 sites e 1 lei. De posse do material, foi feito uma leitura analítica e construção de fichas analíticas em relação aos textos lidos. No tocante as práticas de saúde do trabalhador, constatou-se que estas apresentam dimensões sociais, políticas e técnicas que se entrelaçam intimamente. Partindo dessa premissa, a saúde do trabalho encara a tuberculose como um agravo difícil de ser controlado, primeiramente por sua grande transmissibilidade em locais fechados, como por exemplo, os ambientes prisionais e, em segundo lugar, devido à falta de articulação com os programas de atenção a essa doença, que muitas vezes negligenciam os casos de TB em presidiários e nos funcionários que trabalham nessas instituições. No que concerne ao controle da TB em presídios, em nosso país é escassa, e muitas vezes nula, a elaboração de planejamentos nessa área, que sejam efetivamente cumpridos, com apoio das três esferas de governo. Desse modo, é imperativo vencer as dificuldades organizacionais, logísticas e políticas para que seja factível a aplicação de uma estratégia como o DOTS nas prisões, assegurando uma melhor qualidade de vida para os detentos bem como para os funcionários que ali atuam. Por essa razão, é imprescindível que haja uma equipe de saúde do trabalho que conheça a estrutura física, as condições de trabalho, o número de funcionários da instituição e também a realidade da comunidade adjacente.