Introdução: O Ministério da Saúde (MS) por meio das informações obtidas pelo Programa SisPré-natal que são consolidadas e encaminhadas ao DATASUS, relacionam os dados referentes ao acompanhamento do Pré-Natal (PN) desde a primeira consulta até a consulta puerperal realizada por profissional habilitado na Unidade Básica de Saúde (UBS) e por profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF). Objetivo: Demonstrar a ineficiência da alimentação do Sispré-natal no Município de Macapá-AP frente ao atendimento realizado e acompanhado dentro das UBS e equipes de Saúde da Família. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo de análise situacional, acerca de um relato de experiência no qual almeja-se demonstrar a não fidedignidade dos dados obtidos no relatório do ano de 2009 do programa Sispré-natal. A população de estudo é composta por duas enfermeiras residentes que estão cursando o segundo ano da especialidade Saúde da Família, sendo que no primeiro ano como lócus de prática são as UBS e as equipes da ESF, enquanto os de segundo ano são as unidades de referências em saúde do Estado e Município. Resultados: verificou-se que os dados contidos no relatório de 2009 não eram compatíveis com a prática observada no primeiro ano da residência em que as consultas de PN e puerperais e os exames laboratoriais eram realizados pelas gestantes acompanhadas pelos profissionais de saúde, o que não condiz com os relatórios enviados para alimentar o sistema DATASUS do MS, pois constam nos indicadores de processo os seguintes dados: percentual de gestantes que se inscreveram no programa e realizaram a 1ª consulta até 120 dias, em relação ao nº de nascidos vivos no período: 24,32%; gestantes inscritas que realizaram as seis consultas do pré-natal e a de puerpério: 0,15%; gestantes que realizaram a seis consultas e todos os exames básicos: 0,19%; gestantes que realizaram as seis consultas de PN, puerpério, todos os exames básicos, a 2ª dose ou dose de reforço ou a dose imunizante da vacina antitetânica: 0%. Conclusão: diante da prática, percebeu-se que as consultas de PN, puerpério, os exames laboratoriais, as vacinações antitetânicas que são realizadas pelos profissionais das UBS e pelas equipes da ESF, não condizem com os valores informados no sispré-natal ao DATASUS, parecendo para o MS que o Município de Macapá praticamente não realiza PN quanto ao não cumprimento dos protocolos do ministério e deixando de receber os recursos financeiros disponibilizados pela esfera federal.