INTRODUÇÃO: As estatísticas demonstram que o Brasil é um dos campeões mundiais de acidentes de trânsito. Fortaleza ocupa a terceira posição entre as capitais brasileiras em número desse agravo externo à saúde do homem. As conseqüências desses acidentes podem ir de escoriações leves a óbitos, passando por incapacidades funcionais, que alteram a vida do paciente e que necessitam de processo de reabilitação. Mesmo quando as lesões são em grau menor, necessitam de cuidados especiais para a prevenção de agravos. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) proporciona um cuidado mais criterioso para o paciente e exige mais ciência do enfermeiro, que deverá embasar suas intervenções numa teoria voltada para a realidade do cliente. OBJETIVO: Esse estudo tem o objetivo de descrever a SAE à criança hospitalizada vítima de acidente automobilístico com ferida extensa em membro inferior esquerdo (MIE). METODOLOGIA: O presente estudo foi realizado durante aulas práticas da disciplina de Enfermagem no Processo de Cuidar da Criança II do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, tendo como finalidade à prestação de cuidados de enfermagem a uma criança hospitalizada vítima de trauma por acidente automobilístico. Trata-se de um estudo de caso, desenvolvido por meio do acompanhamento hospitalar realizado no mês de junho de 2010 no setor de internação pediátrica de um hospital terciário especializado em Traumatologia na cidade de Fortaleza-CE. Os dados foram obtidos durante a consulta de enfermagem, norteada por questionários para entrevista e para exame físico, contemplando os 12 domínios da Taxonomia II da Nanda. Foram respeitados todos os aspectos éticos e legais, de acordo com a resolução 196/96, sob o protocolo 030/08. RESULTADOS: Foram encontrados diagnósticos reais, de risco e de bem-estar. Algumas intervenções foram realizadas por meio de orientação durante a entrevista e o exame físico e outras através da realização dos procedimentos. Os principais resultados obtidos foram disposição para melhorar o autocuidado, manutenção da temperatura corporal normal e processo de cicatrização da ferida com presença de tecido de granulação e ausência de sinais flogísticos. CONCLUSÃO: A utilização da SAE foi imprescindível para o atendimento eficaz e individualizado. A construção do plano de cuidados permitiu mensurar e avaliar os resultados das intervenções realizadas diante dos problemas encontrados nas atividades básicas de vida.