A enfermagem tem procurado fundamentar sua prática com abrangência nos conceito de saúde e doença, necessidades humanas básicas, e respectivamente, com condutas e soluções fundamentadas em um método de trabalho que possibilite diagnósticos de problemas e intervenções com padrões de resposta que viabilizem ao restabelecimento e equilíbrio do quadro em que o enfermeiro atua. Temos como objetivo relatar os fatores que interferem na implementação da Sistematização de Enfermagem em um hospital terciário em Brasília-DF. Trata-se de um relato de experiência desenvolvido a partir de discursões de grupos de estudo na SAE. Embora todos tenham consciência do objetivo da SAE, na prática não se observa, havendo um quadro de contradição e uma possível falta de corporativismo entre os próprios enfermeiros. A importância do cuidado sistematizado advém da organização que o mesmo proporciona ao serviço, possibilitando uma visão geral dos problemas do paciente ao tempo em que favorece o direcionamento da assistência para as suas necessidades atuais, criando dessa forma, um sentimento de satisfação tanto para o profissional que se insere nos serviços promovendo respeito, autonomia e visibilidade profissional como para o cliente que tem suas necessidades atendidas. O cuidado sistematizado é importante também, pois, é uma forma de obtenção de respaldo legal seguro através de registros de enfermagem, comprovando que a assistência está sendo executada nesse contexto, a instituição também é beneficiada à medida que o serviço ganha qualidade, ela se sobressai ganhando credibilidade perante a sociedade. Com a realização deste grupo de estudo, foi possível identificar os prováveis fatores que interferem na implementação e operacionalização da SAE. Percebe-se que existe a intenção de implantação da SAE, mas concomitante a essa intenção não há planejamento, nem tão pouco a formulação de estratégias específicas. Identificou-se, a necessidade de desenvolver uma metodologia mais participativa e comprometedora, capaz de provocar uma autoanálise e consciência critica, no sentido de sensibilizar os profissionais para uma participação mais efetiva.