Introdução: O aleitamento materno (AM) é o alimento adequado e saudável no período neonatal e fundamental devido à ocorrência de distúrbios nutricionais, determinando mudanças na programação de mecanismos capazes de modificar permanentemente o nível celular responsável pelo desenvolvimento de doenças na infância. Objetivos: Conhecer vivências de puérperas no contato pele-a-pele precoce e/ou amamentação imediatamente após o parto. Metodologia: Pesquisa qualitativa desenvolvida na Maternidade Escola Januário Cicco em Natal/RN. A população foi composta por mulheres que tiveram seus filhos de partos normais e colocados em contato imediato pele-a-pele com a mãe e falaram de suas vivências. O instrumento de coleta de dados constou de duas partes: a primeira caracterizou o nível sociocultural e demográfico das participantes e a segunda, com duas questões norteadoras: “Como foi para a Senhora amamentar seu bebê na sala de parto?” “Houve incentivo dos profissionais da saúde da sala de parto para amamentar seu bebê logo após o nascimento?" A pesquisa teve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN, sob o número105/2009. Resultados: Os dados analisados demonstraram idade entre 17 e 35, 73% de Natal, 80% em união consensual, 70% não completaram o Ensino Fundamental e 67% do lar; 93% católicas, renda familiar de 1 SM (70%), 100% realizaram o Pré-Natal, 80% estavam com acompanhante e 60% não receberam nenhum tipo de medicação. Diante das respostas das puérperas, o AM depende de fatores com influência positiva ou negativa no sucesso relacionados à mãe, como as características de sua personalidade e atitude frente à situação de amamentar, outros à criança e ao ambiente, como, condições do nascimento e período pós-parto. Fatores circunstanciais, relacionados ao trabalho materno e condições habituais de vida. As puérperas indicaram bem-estar, outras não puderam usufruir do momento com seu filho na sala de parto sem oportunidade de amamentar precocemente por motivos de falta de incentivo profissional, necessidades de cuidados especiais dos bebês e espera por resultados de exames liberados para o AM sem riscos. Conclusão: Mesmo com divulgação do MS preconizando importância ao AM, ainda encontra-se resistência dos profissionais e instituições na abordagem desse método, influenciando negativamente o incremento dessa prática, haja vista dificuldades na resolução do primeiro passo para o seu sucesso, contato precoce do binômio mãe-filho após o parto.