É errônea a suposição de que não há mais nada a se fazer pelo paciente sem possibilidades de cura: enquanto há vida, existe a necessidade do cuidado de enfermagem. Neste sentido, a assistência de enfermagem no contexto dos cuidados paliativos deve considerar o paciente um ser único, complexo e multidimensional: biológico, emocional, social e espiritual. A Organização Mundial de Saúde definiu o conceito de cuidados paliativos como cuidados ativos e totais do paciente cuja doença não responde mais ao tratamento curativo. Esta pesquisa teve como objetivo averiguar a produção científica sobre a enfermagem e os cuidados paliativos em periódicos on-line, na área de saúde, no período de 2005 a 2010 e investigar os enfoques sobre a temática contemplados nos artigos selecionados para pesquisa. Este estudo trata-se de uma pesquisa documental, que teve como fonte de dados publicações acerca da temática disponibilizadas na Biblioteca Virtual em Saúde, no período de 2005 a 2010. A partir da busca, utilizando-se os descritores “enfermagem e cuidados paliativos” onde foram encontrados 278 trabalhos, sendo 20 artigos disponíveis na íntegra e destes apenas 13 fizeram parte da amostra, estando em português e dentro do período requisitado. Cumpre assinalar que as pesquisadoras seguiram as recomendações preconizadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas para a elaboração de trabalhos científicos. A pesquisa revelou que o maior ano de publicação foi em 2009, com 5 artigos, e nos anos de 2005 e 2010 não houve produção da temática em foco. As modalidades de publicação revelaram que a maioria dos artigos eram pesquisas de revisão da literatura. No que concerne aos enfoques dados pelos autores, os temas abordados foram sobre a morte e o morrer, os cuidados de enfermagem na terminalidade e os cuidados paliativos aos pacientes oncológicos. As publicações analisadas ressaltam a importância de se perceber os cuidados paliativos como capazes de proporcionar uma boa qualidade de vida aos pacientes e suas famílias, uma sobrevida digna mantendo o doente, o menor tempo possível, longe dos seus lugares habituais, proporcionando uma morte tranqüila e promovendo um processo de luto saudável. A pesquisa demonstrou que há escassa produção de artigos sobre a temática nos últimos anos, o que evidencia que esse modo diferente de cuidar vem merecendo atenção por parte da enfermagem, para inserção destes cuidados nas redes assistenciais de saúde e na formação acadêmica desses profissionais.