INTRODUÇÃO: As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são graves e preocupam as autoridades de Saúde Pública. Dentre as DST, observam-se infecções de origem viral, como o Papilomavirus Humano (HPV), também chamado de condiloma acuminado, sendo o principal fator etiológico da neoplasia do colo de útero. OBJETIVO: Analisar os efeitos do imiquimod creme a 5% no tratamento do condiloma vulvar em uma mulher, portando essa infecção. METODOLOGIA: Estudo de caso, com uma adolescente, apresentando condiloma vulvar realizado em uma instituição governamental de referência em ginecologia em Fortaleza-CE, de novembro a junho de 2010. A coleta de dados aconteceu através do prontuário e da observação das verrugas durante as aplicações com o medicamento, em dias alternados, três vezes por semana. Os dados foram analisados descritivamente, sendo subsidiados com outras pesquisas sobre a temática. O estudo obedeceu às normas de pesquisas realizadas com seres humanos. RESULTADOS: A entrevistada desse estudo de caso tinha 18 anos, parda, estudava e trabalhava, com renda de dois salários mínimos. Teve sexarca aos 14 anos, com dois parceiros sexuais há menos de um ano. Compareceu ao serviço em novembro de 2010 com queixa de verrugas genitais. Ao exame clínico foi constado infecção por condiloma vulvar. Ao exame ginecológico a interpretação do teste de Schiller deu negativo e o conteúdo vaginal apresentava-se de aspecto branco abundante. Quanto ao resultado citopatológico, este apresentou presença de lactobacilos SP e lesão sugestiva de infecção por HPV, sendo prescrito, pelo médico, tratamento medicamentoso para estas infecções. A usuária submeteu-se, a colposcopia com biopsia do caso e o resultado foi confirmatório de Neoplasia Intraepitelial Cervical (NIC I), sugestivo de infecção por HPV. Foi orientada, pelo médico, a realizar eletrocauterização do colo uterino. Ressalta-se que para o tratamento das lesões verrucosas na vulva foi prescrito imiquimod creme a 5% com duração de 16 semanas, até março de 2010. Contudo, em abril, após mais de um mês de tratamento, apresentou recidiva, fazendo novamente uso de desta medicação, por duas semanas, obtendo cura da lesão. Até o momento, junho de 2010, não apresentou novas recidivas. CONCLUSÃO: Torna-se, portanto, relevante abordar com a comunidade a importância do uso do preservativo como método protetor das DST.