INTRODUÇÃO: Os princípios que orientam o atendimento às pessoas com doença mental ao longo dos séculos foram amplamente determinados, por definição, pelas crenças dominantes da sociedade, sobre a doença mental (TAYLOR, 1992). Crenças estas, que vão desde a de que as pessoas com doença mental estavam possuídas pelo demônio ou outros espíritos malignos, ou de que as fases da lua influenciavam o comportamento até a crença de que a doença mental era causada por um desequilíbrio bioquímico. O papel do enfermeiro em psiquiatria apresentou evolução lenta até 1946. Ele era totalmente voltado para o cuidado relacionado às terapias somáticas existentes e para a satisfação das necessidades elementares. Avanci et al, 2002, cita que no século XVIII, o manicômio tinha como “... objetivo de vigiar, controlar e reprimir, um perfil que se manteve durante muito tempo, pois os seus profissionais não conseguiram mudar o modo de assistir e atender o doente mental, o qual continuava sendo visto como louco e perigoso”.OBJETIVO: Analisar sistematicamente o papel do enfermeiro no processo saúde-doença em psiquiatria através de consulta bibliográfica dos últimos seis dez anos. METODOLOGIA: Pesquisa em sites de referência (MEDLINE E SCIELO) e embasamento teórico através de consultas bibliográficas na área de enfermagem psiquiátrica. RESULTADOS: O trabalho de enfermeiro em psiquiatria envolve parceria com o cliente e a família para atender às múltiplas facetas do transtorno mental, ou seja, o enfermeiro atua para fazer intervenção em crises quando os recursos habituais não são suficientes para controlar uma situação nova e estressante, ora para preservar e promover a saúde mental. O enfermeiro deve estar atento à qualidade de assistência que é oferecida em todos os serviços e zelar para que haja uma quantidade suficiente de profissionais em cada serviço, adequadamente capacitados. CONCLUSÃO: O presente trabalho realizou uma reflexão teórica sobre a história da psiquiatria e do papel do enfermeiro ao atuar com doentes mentais. Mesmo com muitas dificuldades no nosso Sistema de Saúde, as Políticas Públicas do Brasil, no momento atual, têm obtido grandes avanços no processo de desospitalização, junto aos programas de assistência a saúde mental, como: Serviços de Saúde Mental (Unidades Básicas, Centros de Saúde e Ambulatórios), Centros de Atenção Psicossocial, Hospitais Dia, Serviços de Urgência Psiquiátrica, leito psiquiátrico em HospitalGeral.