INTRDUÇÂO: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. No Brasil esse fenômeno começou a se tornar mais visível a partir da década de 60 quando os dados demógrafos reafirmavam a vertiginosa queda da fecundidade e a constante queda das taxas de mortalidade. Durante o processo de envelhecimento ocorrem diversas transformações tanto no aspecto biológico como no psicossocial. Nesse ciclo de vida, o idoso, aos poucos vai vivenciando sentimentos de inutilidade, de solidão, tristeza e muitas vezes de dependência. Diante do exposto, faz-se necessária a busca de recursos que promova o enfrentamento das dificuldades vivenciadas pelos idosos, com intuito de resgatar sua identidade, a vontade de viver, a alegria de estar com os outros e a percepção de suas potencialidades. Para a resolutividade desses problemas, a biodança tem sido uma terapia utilizada em geriatria, a qual é considerada educativa, sistematizada, acarretando resultados positivos para os idosos, pois sua pedagogia promove a inteligência afetiva, favorecendo a aprendizagem, integrando grupos, socializando e solucionando conflitos existências. OBJETIVO: Relatar os resultados da biodança como resgate da identidade para idosos na unidade de saúde da família. METODOLOGIA: Este estudo consiste em um relato de experiência da enfermeira da Unidade Saúde da Família de Santarém, Distrito Norte II, no município de Natal/RN, no período de 2007 a 2009. Onde foram desenvolvidas atividades semanalmente com um grupo de sessenta usuários. Os encontros foram previamente preparados e seguem princípios próprios da biodança, baseados no biocentrismo, na progressividade, nas necessidades do grupo e nas questões trazidas por cada participante. RESULTADOS: Após dois anos de formação do grupo, ficou evidente o interesse dos idosos em participar dos encontros. Além disso, pode-se observar a adesão dos participantes, diminuição de sintomas depressivos, elevação da auto-estima, expressão dos desejos, expressão da voz através do canto. CONSIDERAÇÕES: Constatamos através dessa experiência que nem sempre o remédio apropriado para o sofrimento é a “medicalização da vida” que trabalhar o potencial saudável através da biodança fortalece o indivíduo encontrar novas formas de lidar com as adversidades do cotidiano.