O assédio moral também conhecido como violência moral no trabalho é qualquer conduta abusiva, por palavras, atos ou comportamentos, que possam danificar a integridade física ou psíquica do trabalhador. Tal prática pode gerar danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa. É importante destacar que a discussão sobre o assédio moral vem ganhando notoriedade na mídia em decorrência da intensificação e da gravidade do fenômeno, visto que essa ocorrência vem crescendo acentuadamente nos diversos cenários de trabalho. Observa-se a relevância deste estudo tendo em vista que a maioria dos profissionais desconhece o assédio moral, dificultando a sua visibilidade, além de ser uma temática incipiente na literatura. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo analisar o conceito de assédio moral expresso na literatura brasileira. Trata-se de uma pesquisa documental, que teve como fontes de dados publicações acerca da temática disponibilizadas na Biblioteca Virtual em Saúde, no período de 2002 a 2010. A amostra foi constituída por 20 artigos a partir da busca utilizando-se as palavras-chave assédio moral OR moral OR assédio OR ética. Utilizou-se a análise de conceito na perspectiva evolucionária de Rogers, destacando os atributos essenciais, eventos antecedentes e eventos conseqüentes. Cumpre assinalar que as pesquisadoras seguiram as recomendações preconizadas pela Norma 6028/2003 da ABNT. Os resultados revelaram que o assédio moral é caracterizado como uma violência ou ofensa moral, ou, ainda a tortura psicológica, não física, mas sutil, dissimulada, intencional de um agente ou um grupo determinado que causa, em conseqüência, o estresse psicossocial na vítima escolhida. Entre os eventos antecedentes foram descritos: relação de poder, competitividade, defeitos organizacionais, ações não éticas. Os eventos consequentes foram relacionados a: situação prolongada de solidão e exposição a ataques freqüentes e persistentes, e por um prolongado período. Essas más condutas prolongadas e hostis se transformam em suplício psicológico, psicossomático e social para a vítima.