A essência humana se manifesta basicamente no cuidado. O cuidado profissional pretende assegurar ao indivíduo, o bem estar, o conforto, o alívio da dor e a cura irá acontecer quando um novo equilíbrio humano for criado e quando as dimensões da vida sã se reintegrar nos planos pessoais e sociais. O enfermeiro tem voltado seu olhar para além da doença e do sintoma, ou seja, tem trilhado o caminho do pensar holístico. Todavia, não tem sido tarefa fácil perceber o ser humano como ser único e sem dicotomias, e tratá-lo dessa forma tem sido um desafio constante para os profissionais dessa área. Sendo assim, há necessidade de enfatizar a humanização no cuidado em todas as áreas da enfermagem, nesse estudo, abordamos a humanização da assistência de enfermagem na obstetrícia, pois, melhorar a saúde materna e impedir mortes evitáveis é ainda um dos objetivos de maior interesse nacional e internacional no campo da saúde e dos direitos reprodutivos, no qual se discutem quais as medidas necessárias e eficazes para alcançar tal propósito. O objetivo deste trabalho foi Discutir as principais dificuldades encontradas pela equipe de enfermagem para estabelecer o cuidado humanizado à parturientes. A pesquisa efetivou-se com uma tipologia exploratória e analítica com abordagem qualitativa. O estudo foi desenvolvido em uma maternidade pública do município de Campina Grande – PB. Os atores da investigação são 15 enfermeiros que atuam na maternidade referida. A coleta de dados foi realizada no mês de maio de 2009 por meio de entrevista semi-estruturada. O desenvolvimento do estudo seguiu as normas da declaração de Helsinki de 1975 e as diretrizes emanadas na resolução 196/96 do Conselho Nacional de saúde, ainda foi submetido à apreciação do comitê de ética em Pesquisa do CESED. Os resultados apontam uma necessidade maior de humanização na obstetrícia não somente dos profissionais envolvidos mas também por parte das políticas públicas que favoreçam uma ação cuidadosa em um momento tão frágil para a mulher, visto por elas como um momento delicado, atesta ainda, a falta de estrutura física e a carência de profissionais como barreiras na execução do cuidado.