O câncer de mama é um dos mais temidos pelas mulheres em virtude da alta morbidade e mortalidade advinda dessa doença. Muitas vezes, culmina em mutilação da mama, além de trazendo consequências negativas para a mulher repercutindo em sua autoimagem e sexualidade. Visto isso, é necessário que enfermeiros e demais profissionais de saúde estejam comprometidos em ensinar as mulheres a realizar o auto-exame das mamas, a fim de que estas adquiram esse hábito e passem a executá-lo mensalmente. Com esse trabalho pretende-se relatar uma experiência em que enfermeiros ensinam mulheres a realizar o auto-exame das mamas, explicitando alguns fatores que influenciam nessa prática. Trata-se de um relato de experiência desenvolvido no âmbito da Estratégia Saúde da Família, no interior do Rio Grande do Norte, onde enfermeiros ensinam o auto-exame das mamas às mulheres. Desta feita, antes dos atendimentos diários na unidade de saúde são formadas rodas de conversas com mulheres que tem como tema “um toque em defesa da vida”. Na ocasião são relatadas experiências de cuidados com as mamas e a importância do auto-exame. A iniciativa de enfermeiras em ensinar mulheres a realizar o auto-exame com utilização dessa técnica tem refletido no diagnóstico precoce de câncer e de outras doenças relacionadas à mama, permitindo um tratamento eficaz. Dessa forma, os enfermeiros da Estratégia Saúde da Família têm empreendido esforços no sentido de que um número expressivo de mulheres aprendam a realizar o auto-exame e se tornem protagonistas do seu autocuidado, disseminando o conhecimento dessa prática. Esse encontro entre sujeitos é salutar para a dialógica e para a confirmação da autonomia e da co-responsabilização pelo seu processo de adoecimento. Para que as práticas educativas contribuam para conscientização da importância do auto exame na detecção precoce do câncer, faz-se necessário que as mulheres sejam ativas nesse processo.