A Orientação Sexual, derivada do conceito pedagógico de Orientação Educacional, define-se como processo de intervenção sistemática na área da sexualidade, realizado principalmente em escolas. Este trabalho consiste em pesquisa bibliográfica, com abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório, visou conhecer e identificar o conhecimento e prática de professores das escolas públicas de Ensino Fundamental e Médio sobre orientação sexual, a metodologia adotada, as dificuldades encontradas, quais os temas que despertam maior curiosidade nos adolescentes. Para análise dos periódicos, dissertações e teses, utilizou-se um instrumento denominado Formulário para Coleta de Dados de Pesquisa Bibliográfica. Foram encontrados 27 trabalhos entre artigos em periódicos, dissertações de Mestrado, teses de Doutorado, capítulos de livros e manuais impressos publicados nos últimos 20 anos utilizando as seguintes palavras-chave e expressões: orientação sexual, conhecimento e prática de professores das escolas de 1º e 2º graus da rede pública. Foram encontrados dados que tratam sobre a necessidade de abordar sexualidade em sala de aula, sobre a formação específica dos educadores para tratar de sexualidade, buscando proporcionar uma reflexão sobre valores e tomada de decisões responsáveis. Conversas, diálogos, discussões, apresentações, representações, oficinas, dramatizações, entre outros, explorando a participação de todos e a expressão dos anseios, dúvidas e pontos de vista são exemplos de metodologias que podem ser empregadas. Os temas mais procurados pelos adolescentes: métodos anticoncepcionais, tipos de relação sexual, gravidez e DST, repressão sexual e preconceitos; afetividade e relações interpessoais, aspectos fisiológicos da sexualidade, homossexualismo, masturbação, aborto, pornografia, prostituição, censura e estupro. Em relação às dificuldades apontadas pelos professores encontram-se a falta de horário para o programa no Ensino Fundamental e Médio e a dificuldade em envolver os pais dos alunos e a instituição no processo. Os educadores devem ser capacitados para abordar a Orientação Sexual com jovens, refletindo sobre questões do cotidiano e condução da própria vida. O enfermeiro deve conscientizar-se de seu papel enquanto educador e promotor da saúde utilizando como ferramenta fundamental o processo de ensino-aprendizagem na comunidade.