INTRODUÇÃO:Na formação do enfermeiro, o Estágio Curricular Supervisionado (ECS), previsto pelo Conselho Federal de Educação (CFE) através da Resolução CFE n 4/72, tem uma importância indiscutível para aquisição das competências e habilidades propostas nos Projetos Políticos Pedagógicos dos cursos. É um momento de integração do saber com o fazer permitindo uma vivência real. Este trabalho trata sobre o tema apresentando resultados de uma pesquisa sobre este tipo de Estágio. JUSTIFICATIVA:Considerando a necessidade de estudos desta natureza, destaca-se sua relevância educativa , uma vez que contribui para a melhoria do desenvolvimento do estágio e para o fortalecimento da integração ensino-serviço. OBJETIVO:Descrever os fatores facilitadores e dificultadores do ECS realizado na Liga Norte-Riograndense contra o Câncer (LIGA) segundo a percepção dos estagiários. METODOLOGIA:Estudo de caráter descritivo com abordagem qualitativa, desenvolvido nas Unidades da LIGA, localizadas em Natal/RN. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da referida instituição. Os dados foram coletados através de um questionário com perguntas fechadas e abertas, tendo como grupo alvo alunos da graduação em enfermagem, que estagiaram nas referidas unidades entre os anos 2008 e 2010. RESULTADOS E DISCUSSÕES:A faixa etária dos participantes foi 21 a 37 anos, dos quais 90,9% eram do sexo feminino, confirmando a Enfermagem como ocupação predominantemente feminina. As respostas evidenciaram a importância do ECS para a formação profissional, apontando-o como uma oportunidade de consolidação dos conhecimentos adquiridos no transcorrer do curso. Como fatores facilitadores destacou-se a passagem de plantão envolvendo a equipe multidisciplinar; a organização do serviço com sua rotina bem estabelecida e a oportunidade de vivenciar a prática nas várias unidades. A alta rotatividade nas unidades e setores foi avaliada negativa e positivamente. Os aspectos dificultadores se reportaram a atuação de alguns preceptores. CONCLUSÃO:Acredita-se que as dificuldades evidenciadas possam ser superadas através da construção de um trabalho continuado, coordenado pela instituição formadora, com os preceptores e gestores da instituição assistencial no intuito de esclarecer as responsabilidades de cada membro que integra o ECS. Julga-se relevante que a preceptoria constitua uma livre escolha, cuja alternativa presume o compromisso com a formação e desenvolvimento profissional e cidadão do aluno.