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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E DOENÇAS AUTO-REFERIDAS POR CUIDADORES DE OCTOGENÁRIOS
Relatoria:
VALDENIA MARIA DE SOUSA
Autores:
  • Camila Alves Nogueira
  • Fabiana Paulino Alves
  • Alexsandro Silva Coura
  • Inacia Sátiro Xavier de França
Modalidade:
Pôster
Área:
Multiprofissionalidade e democracia
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A população mundial envelhece em rítmo acelerado. A população brasileira segue a tendência global e apresenta aumento da faixa etária acima de 65 anos e de octogenários. Portanto, torna-se mister maior número de cuidadores, os quais, na maioria das vezes são leigos, sem as habilidades necessárias para oferecer cuidados de qualidade e desprovidos dos recursos financeiros para tal. O estudo justifica-se diante o sério problema epidemiológico que se apresenta e dada a possibilidade de gerar dados que possam subsidiar a formulação de estratégias nessa temática. OBJETIVO: Verificar o perfil sociodemográfico e as doenças auto-referidas por cuidadores de octogenários em Campina Grande-PB. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado em 30 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município campinense entre março e junho de 2010. A população foram todos os cuidadores de octogenários cadastrados em alguma UBS da cidade. A amostra foi composta por 52 participantes. Os critérios de inclusão foram: ser cuidador de pessoa com 80 anos ou mais e aceitar participar da pesquisa. Utilizou-se um questionário contendo perguntas relativas à variáveis sociodemográficas e condições de saúde, o qual foi preenchido pelo pesquisador mediante as respostas dos cuidadores. Foram realizadas duas visitas domiciliares aos participantes: uma para explicação da pesquisa e assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e outra para aplicação do instrumento. Os dados foram processados pelo programa SPSS 15.0 e apresentados em tabelas e gráficos. Os preceitos éticos foram respeitados. RESULTADOS: Verificou-se: 7,7% de homens e 92,3% de mulheres; Quanto a faixa etária: 13-30 anos (28,8%), 31-50 anos (38,5%), e 51-85 anos (32,7%). No tocante a escolaridade, constatou-se: nenhuma escolaridade (3,8%), fundamental (63,5%), médio (30,8%) e superior (1,9%). A maioria é católica (73%) e sobrevive com um salário mínimo (63,5%). No que tange o estado civil, verificou-se: casado (50%), solteiro (34,6%), divorciado (7,7%) e viúvo (5,7%). Com relação as doenças, referiram: diabetes mellitus (32,7%) e hipertensão arterial (25%). CONCLUSÃO: Pode-se concluir que a expectativa de vida é maior entre as mulheres e que a maioria dos idosos possui baixa escolaridade e baixa renda. As doenças auto-referidas são crônicas não-transmissíveis, confirmando o aumento dessas patologias em consonância com a transição epidemiológica em curso no Brasil.