Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
CARACTERIZAÇÃO DAS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA ATENDIDAS EM UM IML EM 2008
Relatoria:
JULIENE PORTO COELHO
Autores:
- Mayara de Sena Bezerra
- Ariane Cedraz Moraes
- Thaise Viera de Andrade
- Anderson Jambeiro de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A Assembléia Geral das Nações Unidas em 1993 conceituou a violência contra a mulher como qualquer ato que resulta ou possa resultar em dano ou sofrimento físico, psicológico ou sexual, bem como ameaças de tais atos, privação arbitrária de liberdade em público ou na vida privada, maus tratos, castigos, agressão sexual, pornografia e incesto, independentemente ocorrendo em meio público ou privado. Desta forma, este estudo teve como objetivo caracterizar as mulheres vitimas de violência atendidas no Instituto Médico Legal (IML) de Petrolina-PE. A pesquisa é de base quantitativa, de caráter exploratório, analítica e descritiva, de natureza epidemiológica. O estudo foi realizado em Petrolina, PE em 2008. Foi utilizada uma amostra de 455 mulheres. As informações foram obtidas através de fontes secundárias, na qual se utilizou o arquivo do IML de Petrolina, onde dispomos da Ficha de Perícia Traumatológica, que é preenchida à medida que a vítima é encaminhada ao exame de corpo delito quando deste ato violento resultou-se em lesões corporais e/ou debilidade, perda ou inutilização do membro corporal. Das Fichas analisadas, a faixa etária predominante das mulheres que sofreram violência foi de 20 a 29 anos, com 39,6%, seguidos de 30 a 39 e de 10 a 19 anos, com respectivamente, 29,5% e 14,1%. Em relação à cor dessas mulheres, a maioria se declarou parda (64,7%), seguido de branca (30,3%) , negra (4,7%) e outros (0,3%). Quanto ao estado civil 67% afirmaram estarem solteiras e 23,7% casadas. A escolaridade predominante foi o ensino fundamental incompleto com 48,6%, seguida do ensino médio completo e incompleto com 19,6% e 10,8%, respectivamente. Em conclusão, as mulheres em situação de violência são predominantemente jovens, pardas, solteiras e com uma baixa escolaridade, sendo necessária a criação de políticas públicas que modifique esse perfil de violência contra a mulher e melhorem a sua qualidade de vida.