Introdução. O termo “acidente de trabalho” está definido pela Lei nº 6.367 como “aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”. Os trabalhadores da área da saúde, em especial os profissionais de enfermagem que ficam em contato direto com o paciente, estão expostos a variados riscos de contaminação relacionados a acidentes com pérfuro-cortantes e fluidos orgânicos, destacando-se o sangue. O não uso de equipamentos de proteção individual (EPI) é também outro problema observado. Objetivo. Objetivou-se nesse estudo investigar os artigos científicos publicados sobre acidente de trabalho com profissionais de enfermagem. Metodologia. Pesquisa do tipo bibliográfica, realizada por meio de busca de artigos disponibilizados nas bases de dados LILACS e SciELO, utilizando os descritores “acidente” e “enfermagem”. O levantamento, a leitura e a síntese desse material foram realizados no período de abril a junho de 2010. Os dados estão apresentados em tabelas e analisados com base na literatura revisada. Resultados. Foram encontrados dezenove trabalhos publicados no período de 2000 a 2009, sendo os anos de 2000, 2001, 2002 e 2006 os de menor publicação com apenas uma pesquisa na área; no ano de 2005 foram encontrados três artigos; quatro no ano de 2004 e cinco nos anos de 2008 e de 2009. Nos trabalhos pesquisados foi observado que a maioria (57,89%) se trata de estudos relacionados a acidentes com material pérfurocortantes, sendo os outros divididos entre acidentes biológicos, ocupacionais e a não adesão aos EPI por estes profissionais. A partir da análise dos estudos pode-se observar que a maioria dos acidentes não são notificados, e os mesmos atingem, principalmente, técnicos de enfermagem, provocando desconforto para estes profissionais. Conclusão. Assim conclui-se que houve um aumento no número de publicações entre os anos de 2000 a 2009, porém ainda há uma escassez de estudos na área de saúde do trabalhador havendo a necessidade de um maior incentivo para os mesmos.