Introdução: Este trabalho faz uma breve reflexão sobre os aspectos éticos e legais que circundam a eutanásia, que seria o emprego ou abstenção de procedimentos que permitem apressar ou provocar o óbito de um doente incurável, a fim de livrá-lo dos extremos sofrimentos que o assaltam. Objetivo: Busca refletir à luz da literatura e conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre o tema. Metodologia: Trata-se de um estudo exploratório de natureza bibliográfica, com abordagem qualitativa realizado no mês de maio de 2010, junto as bibliotecas de instituições públicas do ensino superior de João Pessoa-PB, bem como, banco de dados on-line Scielo. As fontes constituídas por livros, artigos e periódicos, foram pesquisadas mediante as seguintes palavras: eutanásia, ética, morte. Resultados: Sendo a morte a indestrutível certeza da condição humana, estando associada ao sofrimento e dor, e muitas vezes interligados a doenças terminais ou acidentes que mitigam a vida, abordou-se o grande dilema da eutanásia que na essência significa morte sem sofrimento. Essa pode ser classificada como: ativa, passiva ou indireta e duplo efeito, e quanto ao consentimento do paciente: voluntária, involuntária, não-voluntária. Esta prática está legalizada em países como Holanda, Dinamarca e outros. Mas, ainda existem várias controvérsias, na religião monoteísta (judaísmo, cristianismo e islamismo) defende-se a preservação da vida, enquanto que as tradições orientais (budismo e hinduísmo) a consideram como um ato de compaixão, quando o sofrimento físico impede o domínio de si e faz perder a lucidez. Pode-se assim refletir a complexidade ética do tema e para necessidade de inclusão do assunto dentro da comunidade de saúde e ensino, bem como aponta para emergência da discussão do tema, uma vez que o mesmo tem permeado silenciosamente as instituições de saúde e as práticas profissionais.Conclusão: Conclui-se que o mistério da morte persiste, e o quanto isso incomoda a todos não pode ser esquecido, assim é preciso tocá-la em conhecimento para não ser surpreendida por ela, com isso as diversas crenças que envolvem a questão da morte devem ser respeitadas sobre todas as coisas para que seja garantido o mínimo de dignidade ao paciente e seus familiares. Tal fato contribuirá para uma prática de enfermagem humanizada e holística ao individuo e a família, fazendo com que a morte seja percebida como uma etapa de vida que exige um preparo psicológico e respeito espiritual.