Introdução: O processo de enfermagem é compreendido como a dinâmica das ações sistematizadas visando à promoção de um cuidado humanizado e de qualidade, composto por cinco fases interrelacionadas: levantamento de dados, diagnóstico de enfermagem, planejamento, implementação e avaliação. Trata-se de uma abordagem necessária não apenas ao âmbito hospitalar, mas em toda relação enfermeiro-cliente, seja este cliente um indivíduo, uma família ou uma comunidade. A Resolução do COFEN n° 358/2009 torna o seu uso obrigatório em todos os ambientes públicos e privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, assim, a temática passou a ser discutida mais amplamente na nossa realidade, mas ainda limitada à sua aplicação hospitalar. Objetivo: Analisar as publicações nacionais e internacionais referentes à utilização do processo de enfermagem na saúde coletiva. Métodos: Foi realizada uma pesquisa na base de dados da BIREME, a partir dos descritores “processos de enfermagem” e “enfermagem em saúde comunitária”. Resultados: Constatou-se a presença de 78 publicações: 66 na MEDLINE, cinco na LILACS, quatro na BDENF, uma no PHAO, uma na IBECS e uma na WHOLIS. Destas, seis estavam repetidas, restando 72 publicações distintas entre os anos de 1986 a 2009. A maioria, cerca de 80% destas, é publicação norte-americana e apenas quatro publicações são brasileiras, sendo dois artigos e duas teses. As temáticas dos artigos enfocavam a consulta a criança na atenção básica com base no processo de enfermagem e segundo artigo sobre o projeto CIPESC (Classificação Internacional da Prática de Enfermagem na Saúde Coletiva). As teses abordaram a utilização da Teoria de Imogene King na assistência comunitária e a elaboração do processo de enfermagem voltado à prática social. Conclusões: As publicações acerca da utilização do processo de enfermagem na saúde comunitária aqui no Brasil ainda é incipiente, evidenciando a necessidade de mais estudos e publicações na área, de forma a compreender o processo de enfermagem como um instrumento para a superação das limitações presentes e possibilitando a construção de uma profissão que responda às necessidades e perfis epidemiológicos da população.