Anais - 13º CBCENF
Resumo
Título:
A PERCEPÇÃO DO EDUCANDO SOBRE A AUTONOMIA DO ENFERMEIRO EM SEU FAZER COTIDIANO: UMA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Relatoria:
MONIQUE DA SILVA LOPES
Autores:
- Rayane Ingrid Galvão da SIlva
- Aila Maropo Araujo
- Cilene Nunes Dantas
Modalidade:
Pôster
Área:
Autoridade, poder e cidadania
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Autonomia ou autodeterminação consiste na liberdade que o sujeito possui de agir de acordo com suas crenças, valores, prioridades e desejos (COSTA et al, 2007). Diante disso, o enfermeiro possui respaldo legal para exercer, em sua prática, a autonomia permeada pelas bases teóricas e científicas da profissão. Porém, há fatores que dificultam o desenvolvimento dessa autonomia e, para entender como isso ocorre, cabe reportar-se a história e a evolução da Enfermagem a fim de perceber o conflito na sustentação teórica. Já que surge de uma prática voltada para a caridade e a técnica e não necessariamente do meio científico e tecnológico. Isto leva a refletir sobre o processo formativo do enfermeiro, que se encontra aprisionado a paradigmas hegemônicos e o impede, muitas vezes, de expandir sua autonomia como representação social, fazendo com que esse profissional priorize a assistência, respeite a vontade do indivíduo para a ação, a partir de influências culturais e sociais. Dessa forma, percebe-se ainda, a ênfase dada ao “fazer” o que reflete a prática mecanicista, em detrimento, da epistemologia adquirida. Objetivo: Compreender a autonomia do enfermeiro em sua prática cotidiana. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica através do levantamento de artigos, livros, dissertações e revistas científicas brasileiras, em português, foi utilizada as normas da ABNT para realização do estudo. Resultados: A partir da revisão de literatura contata-se que o enfermeiro em sua formação acadêmica não é estimulado a estabelecer relações de poder, bem como ter autonomia, visto que durante a sua formação exige-se saberes específicos que marquem o espaço do profissional e não ocorra uma superposição de atividades, o que dificulta o encontro de sua identidade como profissional de uma equipe multidisciplinar. Além disso, o seu fazer cotidiano envolve questões complexas que impedem em alguns casos de expandir sua autonomia, como instituições, formação profissional, equipe de saúde, paradigmas hegemônicos, questões financeiras, sociais, culturais, entre outros. Conclusão: Portanto autonomia é um fenômeno complexo, multifacetado e multicausal, onde os profissionais de enfermagem devem estar envolvidos na ótica holoepistemiológica do cuidado ao sujeito, através de conhecimentos científicos, do desenvolvimento de habilidades técnicas, da definição de papéis no processo do cuidado e, principalmente, na busca de uma identidade profissional.