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Anais - 13º CBCENF

Resumo

Título:
ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DE HANSENIANOS EM PETROLINA-PE
Relatoria:
BÁRBARA CALINE DE SOUZA PEREIRA
Autores:
  • Susanne Pinheiro Costa e Silva
  • Márcia Rejane Rodrigues
  • Maíra Pacheco Fraga
  • Caroline Araújo Fonseca
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Ensino e pesquisa
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A hanseníase é uma patologia infecto-contagiosa, de evolução lenta. Quando realizado o diagnóstico e tratamento precocemente, garante-se à interrupção da cadeia de transmissão e a prevenção das incapacidades físicas. No tocante a detecção de casos novos, o estado de Pernambuco ocupa a nona posição no Brasil, sendo o terceiro do Nordeste. Em Petrolina, foram notificados 256 casos somente em 2008. Tratou-se de pesquisa qualitativa, do tipo investigativo e exploratório, com objetivo de conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes portadores de Hanseníase e como a doença interferia na qualidade de vida dos mesmos. A população do estudo foi constituída pelos casos diagnosticados e cadastrados no Centro de Saúde Bernardino Campos Coelho no ano de 2009, em Petrolina, abrangendo 20 pacientes residentes no território de adscrição da equipe, excluindo-se as pessoas que recusaram a participação. Dentre os participantes da pesquisa, a grande maioria possuía renda de um a três salários mínimos (70%), estando 25% sem trabalhar ou desempregados. 75% dos participantes diziam-se satisfeitos com o nível de qualidade de vida. Grande parte (60%) acreditavam que não tinham muitos problemas relacionados à saúde. Dos entrevistados, 95% afirmavam desempenhar atividades rotineiras na mesma intensidade que antes do diagnóstico de Hansen, sendo que destes, 80% eram capazes de trabalhar sem prejuízos, embora outros 15% respondessem que a doença limitou suas atividades relacionadas ao trabalho. Muitos pacientes afirmaram receber apoio familiar (85%) para o tratamento e tentativa de cura. É importante destacar que a hanseníase é uma doença contagiosa e necessita de acompanhamento do estado de saúde daqueles que convivem com o paciente, evitando que outros permaneçam sem o diagnóstico e comprometam sua integridade física, além de continuarem como potenciais disseminadores. Todos os pacientes declararam ser respeitados na comunidade, porém 45% confessaram serem vítimas de preconceitos e estigmas por parte daqueles com quem conviviam. Os dados encontrados revelaram que é necessário intensificar a vigilância epidemiológica no Bairro da Vila Eduardo, possibilitando o diagnóstico precoce e prevenção de incapacidades. Dessa forma, a vigilância epidemiológica eficaz levará ao controle da doença no município, visto a alta incidência na região.