Amamentar constitui um ato que envolve diferentes aspectos no processo do ciclo gravídico puerperal. Após o trabalho de parto, a mulher pode sentir dificuldades para amamentar por diversos fatores, dentre os quais se incluem possíveis estresses que ocorreram durante o parto ou questões relacionadas ao pré-natal. Diante disso, percebe-se a necessidade de apoio psicológico a estas mulheres, quer seja do companheiro, da família ou de profissionais de saúde. O enfermeiro insere-se nesse contexto como elemento ímpar, pois, no âmbito da Estratégia Saúde da Família (ESF), é um dos profissionais que se responsabiliza pela assistência às gestantes e puérperas. Partindo dessa compreensão, este trabalho se propõe a relatar uma experiência de encorajamento à amamentação exclusiva realizado por enfermeiros da ESF em um município do Rio Grande do Norte. Para tal foram realizadas rodas de conversas, com fins a atingir a dialógica entre os sujeitos. As rodas antecederam as consultas pré-natal e puerperal, bem como ocorreram quando as mães levaram seus filhos para a triagem neonatal (teste do pezinho), vacinação e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. Na roda de conversa todos os participantes assumem papel importante, seja quando ocupam a posição de grupo de verbalização ou quando ocupam lugar no grupo de observação. No decorrer dessa técnica, teve-se o intuito de orientar as mulheres acerca do aleitamento materno exclusivo, esclarecendo-as sobre os benefícios deste ato para elas e para seus filhos. Além disso, foram informadas a respeito dos cuidados com as mamas, pega correta, posição e sucção no momento da mamada. Para as mães que retornam ao trabalho precocemente, ou que precisam deixar seu filho com outra pessoa, foram dadas orientações quanto à ordenha, coleta e armazenamento do leite no domicílio. Vale salientar que as informações eram passadas pelas participantes e as enfermeiras coordenavam as atividades e acrescentavam outras questões que julgavam necessárias. Dessa forma, as experiências eram compartilhadas entre as mulheres e essas demonstravam interesse pelos relatos apresentados, levando a concluir que a aplicação dessa técnica é favorável para o desenvolvimento de ações que primam pela promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno exclusivo, assistência qualificada e humanizada à gestante, puérpera e lactente. Nesse contexto, percebe-se que após as intervenções houve maior adesão para o aleitamento materno exclusivo.