Uma freqüente forma de violência sofrida e praticada por crianças e adolescentes é o bullying escolar. A família e a escola têm um papel importante na construção da afetividade em adolescentes e precisa assumir esse desafio de forma efetiva. Logo, a relação família-criança-escola contribui na formação de um indivíduo. Com essa compreensão realizamos prática educativa sobre violência e afetividade na perspectiva de despertar no adolescente a importância da minimização de atos violentos e a maximização de práticas afetivas, bem como enfatizar a co-responsabilização da família, da sociedade e da escola na formação do indivíduo. Esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência de prática educativa sobre violência e afetividade em adolescentes. O trabalho foi realizado por acadêmicos do 5º período da Faculdade de Enfermagem (FAEN) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Realizado na Escola Estadual Manoel Justiniano de Melo, Mossoró-RN. Participaram da atividade duas professoras, aproximadamente 40 adolescentes entre 10 e 12 anos, um Agente Comunitário de Saúde, a Assistente Social da Unidade Básica de Saúde da Família Marcus Raimundo Costa. Inicialmente, foi feita uma dinâmica de interação, a fim de identificarmos as reações dos alunos frente à afetividade. Em seguida, foram expostas em slides com animações e imagens. Na dinâmica, identificamos expressões de violência efetuadas por alguns alunos. No momento da discussão sobre violência, os alunos relataram fatos ocorridos em seu dia-a-dia, como o bullying, sendo eles vítimas e/ou praticantes. Identificou-se carência e/ou ausência de afetividade. Comprovou-se a dissociação, na sociedade moderna, da escola e da família. É possível perceber que atitudes, comportamentos e valores cultuados por cada adolescente, devem começar a ser refletidos, questionados e reconstruídos a partir de suas vivências na escola e na família. Trabalhar questões desafiadoras como bullying, tem se mostrado complexa, visto que ultrapassa o ambiente escolar. Outra ferramenta que também tem se mostrado importante é o trabalho interdisciplinar. As expressões de violência não são delimitadas exclusivamente a um ambiente, devendo ser trabalhada em conjunto por pais, professores, enfermeiros, assistentes sociais, universidade e por todos os cidadãos.