INTRODUÇÃO: o número elevado de neonatos de baixo peso ao nascimento constitui um importante problema de saúde e representa um alto percentual na morbimortalidade neonatal. A separação mãe-filho, após o parto, quando o recém-nascido é levado para a Unidade de Terapia Intensiva-UTI, a mulher vivencia momentos de vazio, solidão e medo. Sem o bebê, sem o companheiro e muitas vezes sem notícias, não é raro que a mesma pense que lhe estejam omitindo ou negando informações. O método mãe-canguru utiliza o contato pele-pele entre mãe-filho, desta forma as carícias, o contato, o bater do coração da mãe e seus movimentos respiratórios estimulam a respiração do recém-nascido, concorrendo para impedir as paradas respiratórias recorrentes, tão comuns dos bebes prematuros. OBJETIVO: relatar a vivência das mães inseridas no Método Mãe Canguru. MÉTODOS: tratou-se de um estudo exploratório descritivo, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário para traçar o perfil socioeconômico das entrevistadas, além de um roteiro de entrevistas semi-estruturado, construído a partir da seguinte questão norteadora: qual a realidade vivenciada pelas mães participantes do Método Mãe Canguru em um hospital público. Os sujeitos do estudo compreenderam três mães do Alojamento Canguru do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM/UPE), que tiveram parto hospitalar e que se encontravam acompanhadas de seus respectivos recém-nascidos. Para interpretação dos dados utilizou-se a análise temática, identificando trechos de falas relevantes. RESULTADOS: apenas uma das entrevistadas tinha o conhecimento do Método Mãe Canguru, porém a maioria reconhece a sua importância; os laços afetivos estimulados pelo primeiro contato pele a pele nutrem o sentimento e fortalecem o vínculo em construção entre mãe e bebê; as orientações no cuidado com o recém-nascido foram bem repassadas pela equipe de saúde. CONCLUSÃO: as participantes consideram o método favorável para a melhora do recém-nascido. Um dos pontos fortes relatados pelos sujeitos da pesquisa foi o fato de poderem praticar a maternidade, na medida em que ficam integralmente responsáveis pelos cuidados com o bebê. É importante que autoridades de saúde nacional e internacional disponibilizem incentivos para ampliar a divulgação do método.