A importância epidemiológica da hipertensão arterial nos diversos ciclos vitais fica implícita nos resultados de pesquisas como as de Buston et al, (2005) que encontraram uma prevalência elevada de hipertensão quando avaliavam fatores de risco cardiovascular em adultos jovens, fase compreendida entre 20 a 24 anos pela OMS e no marco legal brasileiro do Estatuto da Criança e do Adolescente. Foi objetivo do estudo identificar o conhecimento de adultos jovens sobre seus níveis pressóricos. Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado com escolares adultos jovens de três escolas de ensino médio de Juazeiro do Norte-Ceará. A população constou de 206 estudantes adultos jovens dos diversos turnos e a amostra estratificada constou de 96 discentes, selecionados por meio de sorteio. O estudo integra a dissertação de mestrado: Análise do risco cardiovascular em escolares adultos jovens de Juazeiro do Norte-Ceará, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará (UECE) no protocolo 10030228-9. Os resultados apontam que 54% (52) haviam aferido a pressão arterial nos últimos 12 meses e 43% (41) não conheciam suas cifras, além de três deles (3%) que referiram não lembrar. O Ministério da Saúde, diante da problemática da Hipertensão, implantou em 2001 o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus, que visa o estabelecimento de diretrizes voltadas à prevenção, detecção, tratamento e controle desses agravos, no âmbito da atenção primária do Sistema Único de Saúde em todas as faixas etárias (BRASIL, 2001). O caráter assintomático da hipertensão arterial é um dos fatores agravantes, culminando muitas vezes em diagnósticos já com complicações. Apesar do conhecimento difundido pela mídia e em campanhas, ainda nos deparamos com pessoas que desconhecem suas cifras pressóricas, uma situação de risco acrescido. A magnitude das doenças cardiovasculares, em especial a hipertensão arterial e as complicações dela decorrente, faz necessário o uso estratégias preventivas, quanto aos fatores de risco cardiovasculares, o que certamente resultará em mais saúde e menos complicações, com qualidade de vida.