As doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) são importantes causas de doença aguda, infertilidade, incapacidade e morte. Dentro dessa estimativa têm-se índices elevados de DST’s, especialmente Hepatite B e AIDS, nos caminhoneiros, que em função de seu trabalho permanecem longos períodos fora de casa, sendo este um aspecto facilitador para práticas de risco, pelo grande número de parceiras sexuais casuais e pelo uso de drogas. Objetivou-se analisar a vulnerabilidade para a infecção pelo vírus da Hepatite B entre caminhoneiros que trafegam por Teresina-Piauí, através de pesquisa descritiva e quantitativa, realizada em um posto de combustíveis situado no bairro Tabuleta em Teresina. Os dados foram coletados de janeiro a fevereiro de 2010, e responderam a um formulário 384 caminhoneiros. Foram seguidos todos os preceitos estabelecidos na Resolução 196/96 referente à pesquisa com seres humanos. Constatou-se que apenas 18,2% dos caminhoneiros tinham conhecimento sobre a hepatite B, enquanto 72,1% disseram não conhecer. Quanto à existência da vacina contra hepatite B, 66,9% da amostra acredita não existir tal vacina. Ao mesmo tempo em que 87,2% manifesta o desejo de se vacinar mediante a existência dessa vacina. Quanto ao uso de camisinha a maior parte (55,2%) dizem não usar camisinha, enquanto 44,8% referem o uso desta. Considerando que os caminhoneiros representam uma categoria profissional de grande relevância na economia do Brasil, e que ao longo dos anos eles têm sido excluídos das ações de atenção à saúde, é fundamental a realização de estudos que busquem dar visibilidade aos problemas de saúde por eles vivenciados e que por sua condição levam riscos iminentes a outros segmentos da população.