A educação em saúde encontra na atenção básica um ambiente oportuno para a prática de tais atividades, visto que as Unidades Básicas constituem o serviço de saúde mais próximo da população. A hipertensão arterial é a mais freqüente das doenças cardiovasculares e este agravo deve ser priorizado na atenção básica. Objetivou-se conhecer as práticas educativas empreendidas pelos profissionais da ESF e a relações das mesmas com os usuários hipertensos. Utilizou-se como metodologia a abordagem qualitativa sendo este um estudo do tipo exploratório-descritivo. O período de coleta ocorreu entre março e outubro de 2008. Os sujeitos da pesquisa foram dois grupos um de profissionais outro de usuários hipertensos de uma equipe de saúde da família localizada no município de Iguatu/CE. As respostas foram agrupadas em categorias temáticas a partir da leitura e análise exaustiva dos dados. Constatou-se que os profissionais avaliam como importante as atividades educativas no tratamento da hipertensão, contudo reconhecem a escassez dessas atividades na atenção básica, consideram ainda como principal contribuinte para tanto a característica assistencialista do serviço de saúde. Concluí-se que na hipertensão arterial as atividades educativas são demasiadamente importantes à medida que a vida cotidiana interfere no tratamento e mais ainda na qualidade de vida desses pacientes é essencial que estes detenham uma compreensão crítica e consciente dessa realidade e para tanto a educação em saúde na atenção básica é um caminho bastante eficaz e sólido.