A crise hipertensiva é caracterizada por uma elevação da pressão arterial sistólica maior que 140 mmHg e diastólica maior que 90 mmHg, com ou sem risco de deterioração rápida dos órgãos-alvo que pode conduzir a um risco imediato ou potencial de vida. Os maiores alvos destas crises são indivíduos com faixa etária maior que 60 anos de idade, pela presença crônica da hipertensão e diversos fatores de risco preexistentes. O objetivo foi avaliar a prevalência de crise hipertensiva em idosos relacionada ao contexto familiar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Tiberão em Floriano-PI. Foi desenvolvido um estudo com abordagem quantitativa, com aplicação de questionário estruturado com quinze questões objetivas, onde se avaliou o perfil, o ambiente domiciliar e presença ou não de crises hipertensivas, no período de março a abril de 2009 em ambos os sexos nos idosos assistidos pelo programa Estratégia Saúde da Família e atendidos na UBS. Foi observada maior prevalência de crise hipertensiva relacionada ao contexto familiar em indivíduos do sexo feminino, com perfil sócio-econômico e cultural desfavorecido e inserido em ambiente domiciliar adverso e conflituoso, com diversos integrantes. Com base nos dados coletados, a família, partindo do convívio com os idosos, mostrou co-responsabilidade no agravamento das patologias já existentes reduzindo a qualidade de vida dos mesmos devido ao aumento das tensões cotidianas. Portanto, há uma interligação destas com as crises hipertensivas.